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Polícia
20/04/2012 14:55:38

Mãe de garoto de 13 anos assassinado em março é executada na Favela da Portelinha


Mãe de garoto de 13 anos assassinado em março é executada na Favela da Portelinha
Ama queria justiça para morte do filho

Dois homens não identificados invadiram na noite desta quinta-feira (19) uma habitação na localidade conhecida como Favela da Portelinha, no Eustáquio Gomes, e abriram fogo contra Ana Lúcia da Silva e seu companheiro, identificado apenas como “Gordo”.

 

A mulher foi alvejada por vários disparos na cabeça e morreu na hora. “Gordo” foi atingido por três tiros na cabeça e um no tórax e foi socorrido por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde deu entrada anda sem identificação.

 

Ana Lúcia era mãe de Weverson da Silva, de 13 anos, assassinado a menos de um mês, no dia 22 de março, quando jogava dominó com amigos na entrada da favela. Um grupo que havia acabado de praticar um assalto no conjunto Santa Maria, ao lado da favela.

 

Na fuga, o bando passou pelos garotos, que se assustaram com as armas e correram. Os assaltantes decidiram abrir fogo e acertaram Weverson nas costas. Ele morreu na porta do mesmo barraco onde, hoje, sua mãe foi assassinada.

 

Na ocasião, Ana Lúcia conversou com a reportagem do Tribuna Hoje. Ele contou que o filho era “o homem de casa” e ajudava nas despesas catando latinhas de metal reciclável.

 

O corpo da mãe de Weverson foi encontrado ao lado da cama, dentro do pequeno ambiente de apenas um cômodo onde morava com Gordo e três crianças, de 3,6 e 8 anos, além de Weverson, até recentemente. Ela segurava uma caixa de fósforos quando morreu.

 

Quando os assassinos invadiram o barraco, as três crianças estavam no local. No momento, o menor, de 3 anos, dormia. De acordo com militares do Batalhão de Polícia de Guarda (BPGd) da Polícia Militar, a criança continuou dormindo mesmo quando os homens começaram a atirar.

 

Os garotos de 6 e 8 anos correram, assustados, e se esconderam entre os barracos da favela.

 

Uma vizinha de Ana Lúcia recolheu os meninos e disse à PM que tomaria conta deles até o destino dos dois fosse decidido.

 

Dentro do barraco, ao qual o Tribuna Hoje teve acesso, era possível avistar pelo menos sete cápsulas de bala, indicando que os atiradores usaram pistolas para cometer o crime. Não há informações sobre uma suposta relação entre a morte de Weverson e o crime ocorrido nesta quinta.

 

Até a conclusão desta matéria, “Gordo”, cuja paternidade das crianças não foi confirmada, continuava internado na ala vermelha do HGE, em procedimento cirúrgico.

 

O Instituto de Criminalística e o Instituto Médico Legal foram acionados para periciar o local do crime e recolher o corpo de Ana Lúcia. O caso deverá ser investigado pela Delegacia de Homicídios. 


tribunahoje //

petrônio viana e beatriz nunes



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