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11/01/2008 00:00:00

Saúde


Saúde

De acordo com o médico epidemiologista Fernando Maia, está praticamente descartado o risco de casos de febre amarela em Alagoas. Ainda conforme Maia, o último caso ocorreu em março de 2007, mesmo assim foi de uma alagoana que passou as férias em Minas Gerais e retornou contaminada.

A febre amarela – doença viral transmitida a partir da picada do mosquito hemagogus – tomou conta dos noticiários nacionais após o registro de mortes na região Centro-Oeste do país. Conforme o Ministério da Saúde, a procura por vacinas contra o vírus aumento em 10%.

No Rio de Janeiro, por exemplo, chegou a faltar vacinas, o que causou tumulto e pânico na população. No entanto, Fernando Maia alerta que não há motivo para tanto. De acordo com o médico, a doença é contraída – na maioria das vezes – em região silvestre, que é o habitat natural do mosquito hemagogus.

Em alguns casos, pessoas que vão há região silvestres – ou cidades próximas a matagais – são picadas pelo hemagogus, retornam à cidade e novamente são picadas pelo Aedes Egipyt (transmissor da dengue). Neste caso, o mosquito da dengue torna-se também um transmissor capaz de passar a doença para outras pessoas. É a denominada – conforme Fernando Maia – febre amarela urbana.

“Só existe esta hipótese para a contaminação urbana e ela foi praticamente extinta no início do século XX. A maioria dos casos é registrada em áreas silvestres. No Brasil, isto corresponde ao Norte, Centro-Oeste, interior de Minas Gerais e São Paulo. Nos locais distante de matas, como por exemplo, aqui em Alagoas, o risco é praticamente zero”, destacou.

O especialista aconselha ainda que se alguém for viajar para as regiões citadas por eles, ou outras próximas a florestas é bom tomar a vacina de forma antecipada. “A vacina possui uma eficiência de 50%”. De acordo com Maia, os principais sintomas são febre, dor no corpo e os olhos e pele amarelados. “Daí o nome febre amarela”, salienta. Mesmo assim, o médico coloca quem em apenas 10% dos casos apresenta a forma mais grave da doença, podendo ser fatal.

“A forma mais grave depende do sistema imunológico de cada um, mas na maioria dos casos – ou seja – em 90% - a doença ou é assintomática, passa como se fosse uma gripe comum, ou facilmente tratável, dando para o paciente se recuperar bem. No caso do vírus ser mais facilmente encontrado em matas fechadas é por conta do mosquito e de macacos que são contaminados constantemente, por exemplo, além de outros animais, mantendo um ciclo. Não há como extinguir, pois causa um desequilíbrio no ecossistema, no caso de acabar com uma mata. O que há é a vacinação mesmo”, destacou.

Apesar de explicar que muito dificilmente ocorrerá uma epidemia de febre amarela em Alagoas, Fernando Maia destaca que o hospital Hélvio Auto (antigo Hospital de Doenças Tropicais (HDT) se encontra preparado para atender qualquer paciente. “Não há dúvidas quanto a isto. Temos condições de lidar com os casos, inclusive serei eu que vou tratar”, finalizou.

Vacinas

Em Maceió, a vacina está disponível nas unidades de saúde Osvaldo Brandão Vilela (Ponta da Terra), São Vicente de Paulo (Pinheiro), José Araújo Silva (Jacintinho) e Tereza Barbosa (Conjunto Eustáquio Gomes), o I Centro de Saúde (Praça das Graças), Cohab Jacintinho, PAM Bebedouro e II Centro de Saúde (Praça da Maravilha).

Contra-indicações

A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de seis meses de idade; para pessoas com imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias, Aids e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2mg/kg/ dia por mais de duas semanas, radioterapia etc.).

A gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a ser analisada para cada caso na vigência de surtos; reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou a outras substâncias presentes na vacina (ver composição) também constituem contra-indicação para a vacina contra febre amarela.



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