Peritos do Instituto de Criminalística realizaram na última segunda-feira, no Cemitério Municipal de Inhapi, cidade localizada no Alto Sertão alagoano, distante de Maceió 275 quilômetros, a exumação do cadáver de Cleide Carvalho Costa, 29 anos.
A exumação foi realizada a pedido do delegado do caso, Rodrigo Rocha, para comprovar a materialidade do crime, uma vez que após o homicídio o pai da vítima, o prefeito de Inhapi Renato Alves Costa (PSB), não permitir o traslado do corpo para ser submetido à necropsia no Instituto Médico Legal de Arapiraca.
O crime ocorreu há seis meses numa festa junina no município de Mata Grande, distante de Inhapi, 17 quilômetros. Cleide Carvalho, que era servidora pública, teria sido assassinada devido a uma crise de ciúmes do namorado, Lucielmo da Silva Nascimento, 23 anos, que fugiu logo após o crime, sendo preso dias depois em uma mata no município de Piranhas, em uma megaoperação policial.
Recolhido inicialmente para a Delegacia Regional de Delmiro Gouveia, o criminoso confessou o crime e dias depois, por medida de segurança, foi transferido para o Presídio Baldomero Cavalcanti, onde se encontra preso.
Cleide Carvalho foi executada com um tiro de revólver calibre 38, na nuca, e a bala teria transfixado pelo fato de não ter sido encontrada pelos peritos do Instituto de Criminalística.
Segundo a Polícia Civil, a arma utilizada no crime pertencia à vítima e estava em poder do criminoso. Na época, Cleide Carvalho, que era separada do marido, teria recebido ameaças do ex-marido e teria colocado a arma em poder do namorado para defendê-la.
com alagoas24horas.com.br // roberto goncalves