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03/01/2008 00:00:00

Polícia


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O advogado de defesa do deputado estadual Cícero Ferro (PMN), Welton Roberto, afirma ainda não ter tido acesso ao inquérito policial que aponta o parlamentar como autor intelectual da morte do vereador por Delmiro Gouveia Fernando Aldo. “Ainda não sabemos de nada. Uma das coisas fundamentais em um homicídio é o motivo do crime, coisa que até o presente momento a Polícia Civil não informou”, destacou Welton Roberto.

O advogado disse ainda que o pedido de prisão feito pela Polícia Civil é 'uma ignorância jurídica', já que – segundo Welton Roberto – o deputado só poderia ser preso em flagrante delito, ou por crime continuado, como prevê a Constituição Estadual. Welton Roberto diz ainda que o Tribunal de Justiça não possui a competência necessária para pedir a prisão.

Na manhã de hoje, a 17ª Vara Criminal expediu um mandado de busca e apreensão em desfavor do parlamentar. O mandado foi cumprido pelo Tático Integrado Grupo de Resgate Especiais (Tigre), sob coordenação do diretor da Polícia Civil, Carlos Alberto Reis e do delegado Flávio Saraiva. A Polícia Civil revirou estabelecimentos comerciais e residenciais ligados ao deputado Cícero Ferro.

No entanto, conforme Welton Roberto, foram apreendidos apenas seis CDs. “Nos CDs estão apenas fotos, músicas e alguns arquivos pessoais do deputado. Não há provas contra o meu cliente. Não há nada que o incrimine. O crime não apresenta nem um motivo palpável. A polícia só levou estes CDs porque não sabe o que se encontra dentro”, colocou.

O advogado reclamou do fato de ainda não ter tido acesso ao processo. “A Polícia Civil foi covarde. O vereador Fernando Aldo não tinha expressão fora dos domínios de Delmiro Gouveia, nem aquela cidade era reduto eleitoral do deputado. A única ligação do Cícero Ferro com Delmiro Gouveia é uma amizade com o empresário e ex-prefeito Luis Carlos Costa, o Lula Cabeleira”, disse.

O mandado de busca e apreensão – segundo Welton Roberto – autorizava ainda a prisão de Cícero Ferro em caso de flagrância. “Este estado de flagrância não precisa ser determinado pela Justiça. É uma ignorância jurídica este pedido. Ou se está em flagrante delito, ou não se está. Não é a Justiça quem determina. É o caso da prisão por posse de arma da qual Ferro foi vítima. A arma não era dele, mas ali houve o flagrante delito”, salientou.

Welton Roberto lembrou ainda que o inquérito já chegou a denunciar pessoas inocentes. “Ele nega conhecer os autores materiais. O deputado disse conhecer duas pessoas por nome de Nildo e Wellington, mas estas são de Minador do Negrão e não se encontram mais em Alagoas”. Sobre a foto divulgada pela Polícia Civil de Alagoas que mostra o carro de um dos suspeitos saindo de dentro do Aldebaran Beta, onde o deputado reside, o advogado diz que o carro saía do conjunto e não da casa de Cícero Ferro.

Cícero Ferro (PMN) é apontado ainda como um dos membros da rede criminosa descoberta pela Polícia Federal durante a Operação Taturana. A investigação apura um desvio de R$ 200 milhões.

com alagoas24horas.com.br



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