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19/12/2007 00:00:00

Interior


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Domingo foi dia de festa e confusão na cidade de Penedo. Após o fim do Valneifolia - festa que acontece todo mês de dezembro com a Banda Valneijós - uma colisão teria sido o início de um problema resultou na agressão de dois policias militares à paisana em um jornalista. Tiago Sobral Valente dos Santos, 23 anos, afirmou que foi espancado, algemado e humilhado por policias militares à paisana.

A confusão teve início, segundo o jornalista, quando ele colidiu seu carro com uma moto no momento em que saía do posto de combustíveis São Pedro, localizado na Avenida Cândido Toledo, onde o veículo estava estacionado.

“Quando saía com meu carro encostei numa moto que estava atrás, mas acabei indo embora porque o proprietário da moto estava muito agressivo. Voltei minutos depois para arcar com o prejuízo. Foi quando o rapaz chamou a polícia e foi embora do local. Em seguida, chegaram mais dois policias militares à paisana, que também estavam no bloco, e me acusaram de estar com entorpecente, que testemunhas viram que foram eles mesmos que colocaram embaixo do meu carro”, explicou.

Tiago afirmou que o fato de ter negado que o material era dele teria irritado os dois policias à paisana, que iniciaram uma sessão de agressões. “Eles me bateram, me algemaram e me deixaram no local sangrando. Os policias fardados não me agrediram, mas emprestaram o cacetete para os dois agressores. Um tempo depois, me liberaram sem registrar queixa alguma e voltaram a me espancar após constatar a minha revolta com a situação, pois eu estava chutando meu próprio carro”, completou.

O jornalista disse, ainda, que ao retornarem, os dois PMs com a camisa do bloco acionaram uma outra viatura da Polícia Militar que, desta vez, o encaminhou para Delegacia de Penedo, onde chegou foi autuado por desacato à autoridade.

Segundo a delegada titular de Penedo, Rebeca Tenório, no momento do registro da ocorrência, Tiago não prestou queixa sobre agressão sofrida pelos policias. Rebeca afirma que encaminhou Tiago para realização do corpo de delito e diz que assim que for formalizada a denúncia, abrirá um inquérito e investigará o caso.

Já o comandante do 11° Batalhão de Polícia Militar, sediado em Penedo, tenente-coronel Eneildo, através da assessoria de imprensa da PM, informou que não teve conhecimento de nenhum policial militar trabalhando à paisana em Penedo no dia do evento. O comandate garantiu que já tomou conhecimento do ocorrido e que agendou para hoje o depoimento do jornalista, para que seja ouvido em termo.

De acordo com a ocorrência, registrado no domingo, o jovem teria se revoltado com o recolhimento do seu veículo, que foi encaminhado ao pátio do batalhão, uma vez que o condutor apresentava sinais de embruaguês e não portava nenhum documento.

Segundo a assessoria da PM, durante o depoimento, será mostrada as fichas de todos os policias lotados no batalhão para reconhecimento dos supostos agressores, uma vez que os policias que estavam de serviço no momento ocorrência afirmaram não saber do fato.

A Polícia Militar informou, ainda, que a abertura de processo na Corregedoria acontecerá se a vítima reconhecer e denunciar os policias agressores.



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