A morte da deputada federal Ceci Cunha (PSDB) completa hoje, dia 16, nove anos de impunidade. Ceci foi morta juntamente com marido, Juvenal Cunha da Silva, e outros dois familiares dela, Iran Carlos Maranhão Pureza e Ítala Neyde Maranhão Pureza, em 16 de dezembro de 1998, no bairro da Gruta de Lourdes, em Maceió.
A deputada tinha sido reeleita para mais um mandato na Câmara Federal. Horas depois da diplomação ela e o marido foram visitar uma irmã que morava numa casa da Gruta, local que ficou conhecido como "a chacina da Gruta".
O ex-deputado Federal Talvane Albuquerque é o acusado de mandar matar a deputada e seus familiares. A família da ex - parlamentar sempre teve a absoluta convicção de que o mandante do crime foi mesmo Talvane Albuquerque. O motivo: ele ganharia a vaga de Ceci na próxima legislatura, já que era o primeiro suplente.
Talvane ainda aguarda julgamento pelo Tribunal do Júri. A determinação é da Justiça Federal, que atendeu às alegações do Ministério Público Federal de Alagoas. Mas, diante da imensidão de trâmites jurídicos por que passa um processo no Poder Judiciário, o julgamento de Talvane não tem data para ocorrer.
Lançamento do site
Amanhã (17), familiares e amigos da deputada estarão lançando um site para tornar público o conteúdo do processo judicial, bem como, cobrar das autoridades os casos que continuam impunes em Alagoas. O lançamento será no Maceió Mar Hotel, a partir das 17h.
Com o endereço www.queremosjustica.com.br os internautas poderão saber como anda o processo do caso Ceci Cunha. Um dos idealizadores é o filho da deputada, o advogado Rodrigo Cunha, que disse a nossa reportagem que o espaço também servirá para que outros casos de impunidade façam parte do site.
“De início estaremos divulgando todo o conteúdo processual do caso da minha mãe. As pessoas terão acesso ao andamento de tudo que vem ocorrendo na justiça durante esses noves anos de impunidade. Esperamos contar com o apoio de toda à imprensa para divulgar nosso trabalho e que outros casos que ainda estejam insolúveis, também sejam divulgados em nosso portal”, explica Rodrigo.
Além disso, o www.queremosjustica.com.br contará com um link direto com a assessoria da Defensoria Pública.
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