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Trabalho
06/12/2011 16:14:01

Médicos do PSF mantêm greve em Alagoas


Médicos do PSF mantêm greve em Alagoas
Médicos do PSF em assembléia

Em mais uma assembleia, realizada na sede do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), no Trapiche da Barra, os servidores do Programa de Saúde da Família (PSF) decidiram manter a greve da categoria, que já se estende por mais de dois meses e não tem prazo para finalizar. A categoria pleiteia reajuste no piso salarial e um Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).

De acordo com o presidente do sindicato, Wellington Galvão, os municípios ainda se encontram fortes e determinados a permanecer com o movimento grevista, apesar de 40 cidades já terem encerrado a paralisação em decorrência de negociações entre categoria e prefeitura. No início de outubro, 90% dos municípios uniram-se para reivindicar seus direitos. “Infelizmente ou felizmente, algumas cidades já acabaram a greve. Agora, temos que lutar pelo restante, cujos salários ainda estão defasados”, esclareceu Wellington, referindo-se a locais, a exemplo de Cajueiro, Messias, Palmeira dos Índios e São Miguel dos Campos, que estão com o “Programa estagnado”.

As reivindicações contemplam um piso salarial de R$ 18 mil, preconizado pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), e que, segundo Galvão, suprirá a demanda da nova jornada de trabalho de 40h semanais, determinada pelo Ministério Público Federal (MPF). O presidente salienta que as negociações estão abertas, junto às prefeituras. “Caso não haja acordo que assegure um salário compatível com as horas trabalhadas, a categoria pedirá demissão”, alertou o presidente do Sinmed, ressaltando que os possíveis reajustes vão depender do perfil de cada município, isto é, distância, demanda de pacientes, número de unidades de saúde, dentre outros fatores.

Desde o surgimento do Programa, os médicos obtiveram, somente, um reajuste de 18,5%, com um quadro de diferenças salariais. Tais disparidades ocorreram quando o repasse - 70% de todos os recursos - ficou a encargo das prefeituras, uma vez que o Ministério da Saúde (MS) não conseguiu acompanhar o aumento do salário mínimo. Conforme acentuou Wellington, a saúde deveria ser tripartite: União, Estado e Município, o que “não corresponde à realidade vivenciada pelos servidores”.

Os médicos do PSF de Maceió não chegaram a aderir ao movimento grevista, pois não possuem motivos para negociações.

Apesar da paralisação, o sindicalista garante que 30% dos serviços continuam em pleno funcionamento.

 

gazetaweb //

jobison barros



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