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06/12/2011 12:07:02

Grevistas realizam ato simbólico durante inauguração em União


Grevistas realizam ato simbólico durante inauguração em União
Grevistas protestam em União

Os servidores grevistas da Justiça do Trabalho realizaram ato simbólico durante a inauguração da 2ª Vara do Trabalho na cidade de União dos Palmares, na manhã desta segunda-feira (5). A manifestação visou à defesa da Justiça Trabalhistas em contraposição às Resoluções 53, 63 e 83 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que preveem a extinção das varas.

 

O coordenador Jurídico do Sindjus/AL, Paulo Falcão, destacou que a manifestação em União dos Palmares faz parte do trabalho de divulgação da greve dos servidores e a defesa do Judiciário, “que foi atacado pela presidente Dilma Rousseff, quando ela retirou os recursos financeiros para implantação do Plano de Cargo e Salários”. “A manifestação busca o apoio da população e o fortalecimento da greve”, ressaltou.

 

O sindicalista esclareceu à presidente do TRT, desembargadora Vanda Lustosa, que os servidores vieram em caravana para a inauguração devido à importância da expansão da Justiça do Trabalho, ao contrário da política do CSJT que prevê a extinção de Vara com menos de 350 processos ao mês. Falcão destacou que os servidores estão lutando contra o congelamento de salário e contra as políticas que atacam trabalhadores.

 

No evento várias autoridades estiveram presentes, elas desembargadores federais, juízes, representantes do Sindicato dos Advogados Trabalhistas e da OAB, entre outros.

A 2ª Vara Trabalhista de União leva o nome do desembargador aposentado Rubens Ângelo. O homenageado disse que sempre priorizou o direito social. Ele destacou que foi convidado para ser juiz federal, mas desistiu.

 

Em seu pronunciamento, o juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de União dos Palmares Hamilton Aparecido agradeceu a presença dos servidores, destacando que o movimento é necessário ao Poder Judiciário. O juiz ressaltou que a Vara chegou a 40 mil processos, destacando que em União é uma realidade ‘africana’. “Aqui só existe o empregador e o necessitado”, afirmou.

 

O desembargador Pedro Inácio disse que os juízes do Trabalho eram visto como subversivo. “Era uma luta de direitos contra o capital. A Constituição transformou a Justiça do Trabalho em um poder mais eficiente e mais valorizado”.

 

Para a servidora do TRT Dora de Castro, as manifestações da greve são como um cano de escape contra o congelamento de salário, as imposições de metas pelo Conselho Nacional de Justiça, contra a precarização do trabalho, contra o adoecimento da categoria, “enfim, e um somatório de ataque ao trabalhador. Tudo se reflete no dia a dia. E a greve uniu a todos, melhorou a autoestima. Cada servidor amadureceu mais. Cada servidor dá força o outro. E essa união é o que mantém a greve fortalecida”, disse.

 

Atividade da greve

 

Para esta terça-feira (06), os servidores voltarão a se concentrar em frente ao prédio das Varas Trabalhistas, a partir das 8 horas. A atividade de greve envolverá os filhos dos servidores. O objetivo é levar a garotada para conhecer os locais de trabalho dos pais – as varas trabalhistas - e fazer uma visita ao Memorial Pontes de Miranda, que fica localizado no prédio sede do TRT.

 

tribunahoje //

ascom



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