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Polícia
04/12/2011 10:33:13

Com segurança pública fragilizada, PCC migra para o interior de Alagoas


Com segurança pública fragilizada, PCC migra para o interior de Alagoas
Ilustação

Aproveitando a fragilidade do aparelho de segurança pública em Alagoas, integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estão se deslocando para municípios do interior do Estado, a fim de disseminar a cadeia de crimes iniciados na capital. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil, que tem efetuado ações de combate ao crime organizado no Estado.

Para não comprometer o trabalho investigativo, os agentes da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), órgão responsável pelo caso, não quiseram se identificar. Entretanto, as informações servem de reforço às suspeitas policiais que – embora não descartem – desacreditam as especulações de que a facção criminosa, de fato, tenha sido responsável pelo incêndio criminoso ocorrido na noite dessa segunda-feira (28), em um ônibus da empresa Tropical que estava estacionado no terminal do Cruzeiro do Sul.

A descrença, segundo os agentes, é ainda apoiada no fato de que não há integrantes verdadeiramente articulados no Estado, diferentemente da situação enfrentada por São Paulo, local onde o PCC teria iniciado suas atividades criminosas. “Quando prendemos é, geralmente, os inexpressivos, pessoas cujas ligações são bem mais indiretas. Não costumamos encontrar as lideranças da quadrilha”, explicou um agente.

Além da dita desorganização da facção em Alagoas, outra característica é ressaltada pela polícia: o grupo não atua em atentados ‘terroristas’ no Estado. “Aqui as prisões são ligadas ao tráfico de drogas e, por vezes, em assaltos”, acrescenta.

A descentralização remonta, em uma escala interna, à mobilização do grupo criminoso até mesmo no País. Antes concentrado em São Paulo, o PCC começou a se fragmentar e se distribuir em outros estados, após ações combativas da Segurança Pública no estado do sudeste. Hoje, de acordo com levantamento efetuado, o PCC atua em outros 15 estados, sendo eles: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantis.

Essas características, no entanto, são pontuais. Logo que levantadas as primeiras informações a respeito da invasão do Primeiro Comando em Alagoas, as três primeiras prisões efetuadas foram de pessoas à frente do Comando. De acordo com o que já foi noticiado pelo portal Gazetaweb, mais de 30 criminosos foram presos.

As primeiras três prisões foram registradas ainda em 2005 e 2006. O primeiro deles foi Dionísio de Aquino Severo, que chegou a fugir mas, recapturado, terminou assassinado dentro do Cadeião de Belém, em São Paulo, antes mesmo de prestar depoimento.

O segundo preso, em 2006, foi identificado como João Marcelo da Silva, 19, conhecido como “Coronel Tatuagem”, acusado de envolvimento em pelo menos cinco assassinatos de policiais militares em São Paulo. Já o terceiro integrante detido, Ronaldo Calado Mendonça, foi acusado de cometer incêndios criminosos em Bauru (SP), além de ser apontado como um dos comandantes das ‘operações financeiras’ de tráfico em vários estados onde o Comando atua.

 

gazetaweb //

wanessa oliveira



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