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Em sua decisão que determinou o afastamento do prefeito de Traipu, Marcos Santos, e de mais 16 pessoas da administração municipal, o juiz da 8ª Vara Federal, em Arapiraca, Gilton Batista Brito, também decretou a indisponibilidade dos bens de todos os réus citados na ação cautelar por ato de improbidade administrativa.
A ação, que corre em segredo de Justiça, determina que o prefeito – que já foi afastado e substituído pela vice Julliany Machado -, sua esposa, Juliana Kummer, e outros quinze funcionários da atual gestão fiquem fora da administração de Traipu por três meses, com multa diária de R$ 3 mil em caso de descumprimento. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro, busca e apreensão dos bens indicados na petição inicial.
O prefeito Marcos Santos é acusado de praticar diversas irregularidades na gestão das verbas do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação e do Programa Nacional de Transporte Escolar. O prejuízo é de mais de R$ 8,1 milhões.
No âmbito do Fundeb, a Controladoria Geral da União (CGU) encontrou, entre outras irregularidades, ausência de documentos comprovando gastos públicos superiores a R$ 4 milhões, irregularidades em licitações, pagamentos em serviços não executados e até depósito de cheques do programa federal nas contas-correntes do prefeito e de um secretário municipal. Em relação ao transporte escolar, foram encontrados indícios de falsificação na prestação de contas.
As irregularidades teriam sido praticadas nas gestões de Marcos Santos (2007 e 2008) e de Walter dos Santos Canuto (2009 e 2010).
Segundo as investigações, o prefeito de Traipu está muito rico e possui inúmeros bens, entre eles, a Chácara Sonho Meu e um apartamento em Maceió. Além disso, haveria muitos bens em nome de laranjas, como uma coleção de carros e quatro fazendas. O extenso patrimônio incluem, segundo a Justiça, 26 carros e até uma lancha.
A ação cautelar preparatória de improbidade proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) lista como réus, além do prefeito e a primeira dama, os seguintes ocupantes de cargo ou função pública no município: Claudivan Soares dos Santos, Gilson dos Santos, Sheila Andréa dos Santos, Martha Gabriela Vieira Vasconcelos, Robson Nascimento de Farias, Charles Douglas Amaro Costa, Roberto Olindino Matos Júnior, Daniel Wagner Vieira de Lima, Alessandro Guimarães, Valter dos Santos Canuto, Ricardo Martins Ribeiro, Osman Bandeiro de Melo Neto, Elza Maria Soares da Silva, Creuza dos Santos de Souza, Isaias Andrade da Fonseca e Francisco Carlos Albuquerque dos Santos.
