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Com cadaminuto // Fonte ascom
Por suposta prática de improbidade administrativa, a vereadora por Traipu, Maria da Conceição Teixeira Tavares, e mais dois colegas foram afastados da mesa diretora da Câmara Municipal, na sessão ordinária da última terça-feira, 23, acusados de ferirem o decoro parlamentar.
Cinco dos nove vereadores apresentaram documentos, que segundo eles, foram entregues também ao Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e que apontam várias irregularidades, supostamente praticadas pela presidente afastada Conceição Tavares, pelo primeiro secretário da mesa diretora Erasmo Lima Dias e pelo segundo secretário, José Valter dos Santos.
As denúncias indicam procedimentos irregulares na contratação de vinte e três funcionários que recebem salários entre R$ 800,00 e R$ 1.600,00, quando a casa não dispõe de estrutura física para acomodar tanta gente, além de gastos mensais com consultoria, equivalente a quase vinte por cento do duodécimo da Câmara, compras sem licitação e sem nota de empenho, de materiais para consumo humano e de limpeza, adquiridos em empresas que não estão aptas a negociarem com o poder público e que ficam situadas na cidade de Craíbas no Agreste de Alagoas, entre outras infrações, que serão apuradas por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI), segundo um vereador que preferiu não ter o nome revelado.
Há informações de que a vereadora Conceição Tavares, desrespeitou o pedido de afastamento, dela e dos outros dois colegas e tentou encerrar a sessão ordinária abandonando o local com o livro de atas e outros documentos do legislativo. Momentos depois, a Sessão foi reaberta pelo vice-presidente da Casa, vereador Marcos André da Silva Melo, que assumiu temporariamente a primeira posição da mesa diretora e deu sequencia aos trabalhos.
Ontem (quarta-feira, 24) os vereadores que decidiram pelo afastamento dos três colegas comunicaram a Justiça, ao Ministério Público e a autoridade policial, locais, que com o auxílio de um chaveiro entrariam no prédio da Câmara para dar continuidade aos trabalhos legislativos e investigativos através da CEI que foi criada para apurar as supostas irregularidades. Um dos membros da CEI revelou que o pedido de afastamento dos três vereadores é por sessenta dias, prorrogável por igual período, se necessário, para que as investigações não sejam prejudicadas e se as denúncias forem comprovadas, o trio de vereadores investigados, poderá ter os seus mandatos cassados pela justiça.
