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Opinião
24/08/2011 23:58:42

Os cabrestos pós-modernos


Os cabrestos pós-modernos
Ilustração

Com repórteralagoas // ana cláudia laurindo

 

Avançamos enquanto coletividade global em discursos e defesa da consciência planetária, ecológica, humanizada! Contudo, em nossas coletividades locais, os desafios de evoluir continuam atrelados aos comandos da política partidária.

Cada um dos órgãos componentes da estrutura está loteado por indicações de políticos fazedores de cabrestos, sejam estes de ouro ou púrpura, têm a mesma função dos cabrestos grosseiros de outrora; dominar e conduzir os rumos.

Cada cabresto representa uma gratificação ou salário, pode também indicar acessos ou privilégios, portanto, são atraentes, principalmente em uma sociedade desassistida, como a alagoana.

Pessoas boas e más podem disputar um espaço como esse, afinal, são todos votantes!

Por compreender a funcionalidade dos cabrestos e as disposições históricas que favorecem seu uso, não dissemino a ideia de condenar os eleitores alagoanos pelo caos que hoje impera em nosso cenário social, político ecultural.

Antes, convido a sociedade a refletir sobre a importância da valorização do indivíduo maduro, pensante, autônomo e independente! O canto da sereia circula nos ouvidos de nossos jovens, quase sem exemplos distintos das gerações que os antecederam, no referente à sobrevivência digna sem acordos e conchavos, levando-os a incluir em seus roteiros de sucesso a pertença a um grupo político qualquer.

A pertença política deve ser estimulada, com fins cidadãos, transformadores dos paradigmas excludentes em vigor, não direcionada à busca de oportunidades individuais, apenas. Pois quem faz isso, encontrará, na verdade, um cabresto, e correrá o risco de transferi-lo a gerações sucessivas.

Essa é uma das vias que pode explicar reeleições de políticos abertamente nefastos a Alagoas e ao país! São usurpadores dos direitos da coletividade, aliciadores, conchavados no cenário amplo, negociando com ministros o desmantelamento da própria legislação em defesa da perpetuação do erro de seus tutelados prefeitos alagoanos; são assassinos condenados pela justiça e liberados pela imunidade parlamentar, representando interesses que não são nossos.

Eles não representam a vontade do povo alagoano, mas a sua fragilidade social, política e cultural. Vencer essa etapa, requer brava militância ética e moral, com direito a perseguições e todas as sortes de risco.

Apesar da dor, se não formos nós, alagoanos, quem defenderá nossa terra? Tomemos nosso assento, assumamos nosso presente, resistamos; exemplifiquemos! Quiçá, dessa forma, construiremos aquela mentalidade que nos faz tanta falta, a cidadã.



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