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12/11/2007 00:00:00

Operação 'Carranca'


Operação 'Carranca'

O procurador da República Rodrigo Tenório concedeu entrevista coletiva agora há pouco, quando explicou quais eram as fraudes cometidas pelos acusados presos na Operação Carranca.

De acordo com Tenório, a operação foi deflagrada depois de uma fiscalização feita pela Controladoria Geral da União. Os dados foram levantados também pela Receita Federal e pelo Ministério Público Federal. Com as provas, o MPF pediu as prisões, que foram determinadas pela Justiça Federal e cumpridas pela Polícia Federal.

“As prisões foram pedidas para que nós pudéssemos assegurar as provas, não foram para antecipar as penas”, ressaltou o procurador.

Fraudes

Rodrigo Tenório mostrou exemplos de fraudes encontradas nas investigações. Os levantamentos mostraram que, em alguns casos, não havia concorrência em licitações públicas – as empresas eram da mesma pessoa ou as propostas eram feitas pela mesma pessoa.

Também foram vistos casos em que mais de uma licitação era feita, para a mesma obra, o que gerava duas despesas, ao invés de uma. “A CGU também percebeu a variação percentual de uma proposta em relação a outra. A diferença era de 3% para cada material, por exemplo”, acrescentou Tenório.

Em todos os casos, os pagamentos eram feitos de forma antecipada e era comum o superfaturamento. As obras não eram construídas como contratadas e, assim, o material era de pior qualidade, as casas ficavam sem reboco e pintura. “E até disjuntores, contratados em três, por exemplo, eram instalados em dois”, disse o procurador. Outro exemplo era de que, ao invés de ruas com 8 metros de largura ficavam com apenas 5 metros.

Com a prisão para que as provas sejam mantidas, os acusados serão processados pelo Ministério Público Federal na Justiça Federal local. “Os primeiros levantamentos mostram que não estão envolvidos deputados federais, prefeitos e vereadores”, adiantou o procurador.



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