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Polícia
17/08/2011 11:53:49

Alagoas e 16 Estados são alvos de operação de combate a fraudes no Fisco


Alagoas e 16 Estados são alvos de operação de combate a fraudes no Fisco
Sede da Polícia Federal em Maceió

Com cadaminuto // Fonte G1

 

Equipes da Polícia Federal em Alagoas cumpriram, na manhã desta quarta-feira (17), dois mandados de busca e apreensão durante a Operação Alquimia, que foi deflagrada simultaneamente em 17 Estados brasileiros. O objetivo da ação, que acontece em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal (MPF), é combater uma organização criminosa suspeita de fraudar o Fisco. O prejuízo aos cofres públicos, pelo não recolhimento dos tributos devidos, pode chegar a R$ 1 bilhão.

 

Duas equipes da PF estão nas ruas em Alagoas. De acordo com a assessoria de comunicação da instituição, a equipe que participou da operação é formada por  delegados, escrivãs e peritos, retornarem à sede da superintendência. O alvo das buscas foi a empresa SASIL COMERCIAL localizada no Distrito Industrial.

 

Pelo fato da operação ter coordenação de Minas Gerais, não haverá nenhuma entrevista ou coletiva de imprensa em Alagoas.

 

Operação

 

Os órgãos apuram indícios encontrados em investigações de prática de diversos crimes, como sonegação fiscal, fraude à execução fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A PF classifica a operação como uma das maiores do gênero nos últimos anos no país.

 

De acordo com a Receita, são cumpridos 31 mandados de prisão, 63 conduções coercitivas e 129 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa. A PF diz, ainda, que ocorre o sequestro de bens de 62 pessoas físicas e 195 pessoas jurídicas.

 

Os estados onde ocorre a operação são: Minas Gerais, Bahia, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. De acordo com a PF, que executa a operação em conjunto com a Receita, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí, além do Distrito Federal.

 

O sequestro de bens, decretado pela Justiça Federal, inclui veículos, embarcações, aeronaves e equipamentos industriais e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos.


Participam da operação cerca de 90 auditores fiscais da Receita e aproximadamente de 500 policiais federais.

 

A Receita já fiscalizou 11 empresas do grupo investigado, com um total de R$ 110 milhões em créditos tributários constituídos. "Um dos resultados esperados com a operação é a satisfação desta dívida junto ao Fisco", diz a Receita, em nota

 

Investigações

 

As investigações tiveram início quando a Receita Federal detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”.

 

O esquema seria utilizado para forjar operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Para isso, os órgãos investigam a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings (atividade de fomento mercantil) e até fundos de investimento utilizados na suposta fraude.

 

De acordo com a PF, a organização criminosa investigada é composta por quase 300 empresas nacionais e estrangeiras, sendo que as últimas têm sua maioria sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Das empresas diretamente envolvidas nos fatos apurados, identificou-se que pelo menos 50 são “laranjas”.




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