Mãe de atirador em escola vai entregar filho à polícia

Com tudonahora // sidney tenório

A dona de casa Fausta Lins, mãe do jovem Rafael Lins Bulhões, 19,que invadiu ontem (15) a escola Rosalvo Lôbo e atirou em duas pessoas, prestou depoimento, na manhã desta terça-feira (16). O caso está sendo investigado pela Delegacia do 2º Distrito Policial. Ela prometeu apresentar o filho à polícia até o final da semana para que ele seja interrogado pelo delegado Egivaldo Lopes de Messias.

Segundo o chefe de operações do 2º DP, Ariel Almeida, a mãe de "Rafael da Mancha", como é conhecido o jovem, contou que o filho não aparece em casa desde a ocorrência de ontem. Sua casa fica a poucos metros do colégio e do prédio da delegacia.

"A mãe afirmou que vai conversar com o filho e apresentá-lo para que seja interrogado. Ela ainda não sabe quais os motivos que o levaram a invadir a escola atirando, mas garantiu que Rafael não tinha envolvimento com drogas. O único problema dele seria a participação em torcidas organizadas. Outro ponto relevante do depoimento é que o jovem comentoucom o padrasto que vinha sendo ameaçado de morte", disse o chefe de operações ao Tudo na Hora.

A principal linha de investigação da polícia é que o crime esteja relacionado com briga de torcidas organizadas. "O Rafael teria perseguido um outro rapaz que entrou na escola. O porteiro Janilson de Angelo Pinto tentou impedi-lo de continuar a perseguição e foi baleado no abdômen. Ele continuou atirando e um dos disparos atingiu a perna da estudante Tauane", resumiu o chefe de operações do 2º DP.

Amanhã (16), o delegado Egivaldo Lopes de Messias deve ouvir o depoimento da adolescente Tauane, que já recebeu alta médica e está em casa. Como foi ferida na perna, os policiais terão que buscá-la.

"Já o porteiro também será intimado a prestar depoimento logo que seja liberado pelos médicos. A informação da família é que ele passou por uma cirurgia no Hospital Geral do Estado, mas que o estado de saúde é estável", disse Ariel Almeida.

Segurança

A escola Rosalvo Lobo estava fechada, na manhã desta terça-feira (16), e a direção ainda não tem uma definição se as aulas serão retomadas a partir de amanhã.

A diretora-adjunta Cristina Rodrigues Melo se reuniu com o coronel Herman, do Batalhão Escolar, de quem recebeu a garantia de haverá um reforço na segurança do Rosalvo Lobo. "Ele garantiu que pode deixar dois policiais no período da tarde (horário em que houve a invasão e os tiros) e pela manhã e tarde seriam realizadas rondas", explicou.

A proposta da PM será avaliada pela direção da escola que já havia anunciado através da imprensa que as aulas no Rosalvo Lobo somente seriam retomadas após ser garantido um reforço na segurança.