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Justiça
13/08/2011 20:52:27

Juízes e promotores sofrem ameaças em AL


Juízes e promotores sofrem ameaças em AL
Ilustração

Com almanaquealagoas //

 

Pelos menos dois juízes e dois promotores de Justiça sofreram ameaças de morte recentes, feitas pelo crime organizado em Alagoas. Nas eleições do ano passado, a Polícia Federal abortou um plano traçado por integrantes do PCC Paulista para a execução de autoridades judiciais em Maceió. Por um certo tempo, os ameaçados tiveram proteção especial, com escota policial 24 horas.

O plano seria executado com a ajuda de traficantes e presidiários de Alagoas. Estavam marcados para morrer a juíza Ana Raquel Gama, o juiz Maurício Breda e dois promotores de Justiça: Alfredo Gaspar de Mendonça e Cyro Blater. As ameaças de morte e o plano para executar essas autoridades foram confirmados, à época, pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares. Presidiários que participariam da ação foi transferidos para presídios de outros Estados.

Além disso, o juiz estadual Marcelo Tadeu, que denunciou o envolvimento de autoridades do Estado com o crime de mando, revelou que o advogado mineiro Nedson de Freitas foi assassinado em seu lugar, no dia 3 de julho de 2009. “Eu estava a poucos metros da cena do crime e a vítima tinha o meu porto físico, além da roupa parecida. Por isso, tenho quase certeza que aqueles tiros eram para mim”, afirmou Tadeu, que até hoje tem receio de ser executado, até porque o assassinato do advogado mineiro não foi elucidado.

O ex-presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis), Paulo Zacarias, sofreu um sequestro, quando saia da igreja, no dia 12 de março de 2007, mas as investigações revelaram que se tratava de um crime comum.

Apesar desses casos, o juiz Pedro Ivens Simões de França, presidente da Almagis, diz que atualmente não existe no Estado uma lista de juízes marcados para morrer ou ameaçados de morte. “O que existe é uma sensação generalizada de insegurança, como acontece também em outros Estados”, afirmou o magistrado. Segundo ele, a insegurança maior é nas comarcas do interior, onde a segurança é precária, quase inexistente.

“A situação é preocupante, o que aconteceu no Rio de Janeiro, com a juíza Patricia Acioli, pode acontecer em quanter Estado, principalmente com juízes que estão na linha de frente, julgando e condenando traficantes”, comentou Pedro Ivens. Para ele, o Estado teria que oferecer uma segurança maior principalmente para os magistrados que combater o crime organizado.

Em nota distribuída à imprensa, no final da tarde, a Almagis se solidariza com os magistrados do Rio de Janeiro pela morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada a tiros na noite de ontem, em Niterói.

NOTA DE SOLIDARIEDADE

A Associação Alagoana de Magistrados - Almagis vem a público demonstrar total solidariedade à magistratura fluminense pelo covarde assassinato da juíza Patricia Acioli, na noite desta quinta-feira (11).

A entidade de classe alagoana está imensamente indignada com o ato de covardia e considera o crime um ataque à ordem pública e ao Poder Judiciário. É inadmissível que num estado democrático de Direito afrontas como essa venham insurgir, pois autoridades não podem sofrer represálias por bem desempenharem suas funções.

O apoio ora manifestado é irrestrito e extensivo a todos os membros da magistratura nacional, que estão a todo tempo desafiando e enfrentado a famigerada máfia do crime.

Por fim, a Diretoria Executiva da Almagis clama por um país mais seguro, e reforça o pedido de proteção aos que, com zelo e eficiência, fazem cumprir as leis, garantindo a soberania dos princípios fundamentais do Estado brasileiro.


 



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