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12/08/2011 16:35:33

Mulheres vão às ruas do Centro para protestar contra a violência


Mulheres vão às ruas do Centro para protestar contra a violência
Protesto no centro de Maceió

Com primeiraedição // thayanne magalhães

 

Mulheres do Movimento Mulheres na Luta Contra a Violência estão reunidas nesta manhã (12) no Centro de Maceió para protestar contra os crimes, principalmente os assassinatos, ocorridos nos últimos dias em Alagoas. Com faixas, panfletos, cartazes e até cruzes, donas de casa, professoras, profissionais liberais, partidárias e sociedade civil em geral, pedem por justiça contra os agressores e assassinos de suas mulheres.

 

“Em todo o Brasil, 28% das mulheres são mortas em casa pelos maridos, companheiros, namorados ou até pelos pais. Temos que dar um basta nessa violência. Em Alagoas foram registrados cinco assassinatos de mulheres em apenas duas semanas”, destacou Edna Nobre, que é da base do Sindicato dos Trabalhadores de Educação de Alagoas (Sinteal), em entrevista à Rádio Jornal.

 

As manifestantes querem chamar a atenção, principalmente das mulheres que sofrem agressão, para que denunciem. “A Lei Maria da Penha prevê punição para agressão e ameaça. Não se deve calar. Não se deve esperar acontecer o pior para punir o agressor”, afirmou Edna.

 

A professora contestou ainda a banalização da violência no Estado e pediu providências por parte do Governo. “O poder público, o governo do Estado, a Defesa Social, têm que tomar as providências e punir os culpados. O Estado é responsável pela integridade do cidadão, e os agressores estão passando por cima dos Direitos Humanos. A indignação das mulheres é muito grande por causa desse caos que está instalado. Queremos um basta”, enfatizou.

 

Na entrevista, Edna citou os casos que mais repercutiram durante os últimos dias, onde mulheres foram brutalmente assassinadas. Entre elas o caso da professora Claudenice Oliveira Pimentel, de 49, morta durante um incêndio provocado pelo seu marido, em Arapiraca; Silvana Silva Santos, de 36 anos, morta com golpes de machado pelo ex-companheiro. “Este disse em entrevista à imprensa que matou e mataria de novo. É preciso dar proteção para as mulheres, antes que a agressão chegue à morte”.

 

Outro caso citado pelas manifestantes foi o esquartejamento da dona de casa Maria de Lourdes Farias de Melo, de 27 anos, que foi arrancada de casa por traficantes e teve a cabeça e um dos braços arrancados por ter denunciado o tráfico de drogas no Conjunto Carminha, no Benedito Bentes, em Maceió.

 

“Porque os homens têm essa atitude? Por que estão certos da impunidade, porque a morte está banalizada. É preciso levar em consideração o que vem ocorrendo. A Lei Maria da Penha tem que ser pra valer e nós vamos denunciar. Homens [agressores] se preparem”, enfatizou Edna Nobre.

“Em briga de marido e mulher, a sociedade tem sim que meter a colher. A mulher não é propriedade do homem. Queremos um companheiro, e não um assassino dentro de casa”, concluiu.
 


 



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