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Com cadaminuto // clevânio henrique
“Não estou arrependido. Estou feliz. O que é bom Deus chama, o que é ruim a gente manda”. A fala é de Luciano Batista da Silva, 34 anos, preso pela polícia na noite desta quarta-feira (10), acusado de ter matado a golpes de machado sua ex-esposa, Silvana da Silva Santos, de 37 anos, no Povoado Cangandu.
Em entrevista ao programa Show da Cidade da Rádio Novo Nordeste, Luciano Batista contou detalhes do crime. De acordo com ele, o motivo do homicídio foram traições de Silvana com um homem conhecido como Tonhão, residente na mesma comunidade.
“Quando cheguei lá, ela e suas irmãs me bateram com um pedaço de pau. Depois, consegui atingir Silvana com o machado. Ela caiu, acertei de novo nas costas e depois na cabeça. Sai correndo, joguei a jaqueta no terreno do meu sogro e fui até a casa de minha irmã. Levei dois litros de gasolina. Caso não abrissem a porta, iria tocar fogo em todo mundo”, explicou.
“Matei porque ela me traiu com o Tonhão. Estava toda errada. Tentei sentar, conversar com ela. O que ela fez comigo não tem perdão. Meus filhos vão entender. Estava desprezando meus filhos, porque só queria saber do Tonhão. Estou muito tranqüilo, feliz da vida. Agora tenho paz. Aquilo não era mulher, matava ela dez vezes”, completou.
O sangue frio do acusado, que passou três meses internado no hospital psiquiátrico ITA, impressionou a todos que estavam no Instituto Médico Legal em Arapiraca, onde foi feito o exame de corpo de delito com Luciano, antes de ser levado para Casa de Custodia.
Sobre a acusação de que Silvana havia deixado porque tinha atirado em um homem, Luciano Batista confirmou o episodio. “Foi sim. Era bandido terrível. O cara veio me matar e atirei nele. Ele já havia matado gente. Queria arrancar a cabeça dele. Bandido só vai morrendo. O que é bom Deus chama, o que é ruim a gente manda”, concluiu.
