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08/11/2007 00:00:00

Política


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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, desembargador Antônio Sapucaia, já avisou que vai realizar teste de escolaridade com os candidatos a cargos proporcionais e majoritários nas eleições do ano que vem.

Para Sapucaia, é preciso melhorar as qualidades intelectuais e técnicas dos legisladores e chefes de Executivo do nosso Estado. “Sei que essa medida vai causar polêmica e a própria legislação eleitoral diz apenas que o candidato precisa saber ler e escrever. Entretanto, conheço poucos casos no Brasil, um deles é numa cidadezinha de Pernambuco governada por um semi-analfabeto, onde a falta de instrução não atrapalhou a administração da cidade”, explicou o presidente.

O desembargador afirmou que o teste de escolaridade deverá acontecer entre os meses de janeiro e fevereiro de 2008. “Eu vou para a aposentadoria compulsória em abril do próximo ano, mas já estou conversando com o colega Estácio Gama de Lima, que me substituirá, para que possamos fazer juntos esse trabalho. Afinal, caso algum candidato seja reprovado, os recursos dos seus advogados serão impetrados no decorrer de 208”, esclareceu.

Motivo

Antônio Sapucaia informou que a metodologia do teste de escolaridade ainda não está definida, mas a juíza Ana Florinda, responsável pela Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, já está formando uma equipe para definir os critérios da avaliação. “As provas serão aplicadas pelos juízes eleitorais de cada comarca. Temos certeza que não haverá dificuldade porque temos experiências anteriores, de magistrados que fizeram testes em suas cidades e tudo ocorreu de forma tranqüila”, garantiu ele.

“A boa formação intelectual e moral dos candidatos é condição primordial, na minha humilde avaliação, para qualquer indivíduo que ocupe um cargo público. A exigência deveria ser de, no mínimo, o 2ºgrau. Entendo, inclusive, que se o cidadão estiver respondendo a algum crime de natureza financeira, de improbidade administrativa ou de desrespeito a Lei de Responsabilidade Fiscal, nem deveria participar do pleito. Mas infelizmente não é assim, é necessário esperar que o processo esteja transitado em julgado”, condenou.

Defendo mais rigor na seleção dos candidatos, o presidente do TRE foi incisivo. “Precisamos de mais rigidez na seleção dos futuros representantes do povo. Chega de tantas decepções”, alfinetou Sapucaia.

com alagoasagora //janaina ribeiro



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