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Com gazetaweb //
O homem com dois corações, Gilberto Ramalho Xavier, comemora dois anos nesta quinta-feira (11) sem o sofrimento diário das filas para transplante, ou dos seguidos tratamentos anteriores para tentar restabelecer suas funções cardíacas. No Instituto de Doenças Cardíacas do Coração da Santa Casa de Misericórdia, Gilberto partiu um bolo com outros 28 transplantados em Alagoas.
De acordo com Ramalho, sua vida hoje é outra. "Antes eu não podia fazer nada, na fila para os transplantes, doente. Hoje, com os devidos cuidados, eu faço de tudo. Voltei a trabalhar, faço caminhadas", relata.
Com o coração envelhecido, Gilberto Ramalho foi submetido a procedimentos, como cirurgia de safena, mas não obteve êxito. Um ano após o início dos tratamentos, o paciente foi levado à fila de transplantes.
"Como a doadora era mulher e tinha baixa estatura, o seu coração era pequeno. Decidimos, então, deixar o coração dele - que estava funcionando de qualquer forma - em paralelo a esse novo coração", relatou o cirurgião cardíaco, José Wanderley Neto, que celebrava os êxitos com a equipe hospitalar.
A sensação de um coração novo no peito sentida por Ramalho é a mesma que passa outras 28 pessoas que, desde 1989, já fizeram transplante em Alagoas. Entretanto, segundo José Wanderley, é necessário aumentar a estrutura para pacientes cardíacos.
"A população cresce, as pessoas estão envelhecendo e ficando doentes. É preciso, portanto, aumentar o número de leitos porque este existente é para uma demanda de há 30 anos. Além dos leitos, é preciso também que haja mais pessoal para atender ao número necessário", afirma.
