Alagoas

A semana começa com a ameaça dos médicos de entrarem em greve a partir de terça-feira, 6, e o protesto dos taxistas também marcado para esta terça-feira cedo. Os médicos se reunem hoje em assembléia-geral para discutir o não pagamento do reajuste fracionado de 39,31% e o corte do adicional noturno, e os taxistas protestam contra o preço do Gás Natural Veicular - que é o mais caro do País, apesar de Alagoas ser o maior produtor de gás natural dissociado do petróleo.

Os médicos discutirão na assembléia se paralisam as atividades ou aguardam o retorno do governador Teotonio Vilela Filho, que está na Europa, mas, pelo clima de revolta da categoria essa tolerância pode ser proposta vencida. "Os cortes no adicional noturno foram brutos", queixam-se os médicos.

O líder dos taxistas, Ubiraci Correia, disse que o preço do metro cúbico do GNV em Alagoas é absurdo; citando o exemplo do Rio Grande do Norte, onde o metro cúbico custa 99 centavos, Ubiraci disse ainda não entender como o gás de Alagoas é vendido para Pernambuco e Sergipe, e o preço do metro cúbico em Recife e Aracaju é menor que em Maceió.

-"Isto é cartel. Eu só posso entender assim", desabafou.

O protesto dos taxistas está marcado para esta terça-feira e eles anunciam que vão fechar seis pontos-chaves de Maceió. Embora esses seis pontos-chaves sejam mantidos em sigilo, sabe-se que a Avenida Fernandes Lima está na pauta do protesto.

PERITOS E MÉDICOS LEGISTAS

Mais uma categoria decide nesta segunda-feira, 5, se entra em greve por tempo indeterminado; desta vez são os peritos e médicos legistas, que cobram equiparação salarial com os delegados e oficiais superiores da Polícia Militar - além dos 6% de reajuste retroativo a janeiro e o pagamento do adicional noturno.

Eles vão se reunir em assembléia e se o indicativo de greve for aprovado, os serviços do Institudo de Identificação e Instituto Médico Legal (IML) ficarão restritos ao percentual fixado por lei, que é de 30%.