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Com gazetaweb //
Integrantes do Tigre, grupamento de elite pertencente à Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic), da Polícia Civil, encontraram, por volta das 10h30 da manhã desta quinta-feira (14), o recém-nascido que havia sido sequestrado do Hospital e Maternidade Santo Antônio, no Centro, no final da noite de ontem (13). O bebê desapareceu por volta de 21h, conforme a mãe da criança, Maria Edlene do Bonfim, de 25 anos.
De acordo com o diretor da Deic, delegado Paulo Cerqueira, a polícia chegou até a acusada depois que o Serviço de Inteligência analisou as imagens do circuito interno. Uma ligação anônima também ajudou as autoridades policiais a encontrar o menino. Uma ouvinte da Rádio Gazetaweb ouviu o apelo do pai, durante entrevista concedida ao repórter Carlos Miranda e, logo em seguida, avisou à polícia sobre um bebê que estava na casa de uma vizinha. A ouvinte dissera que desconfiou do fato de Ana Paula Ramalho ter chegado ontem em casa com uma criança no colo.
O bebê foi localizado na Praça Bonfim, no Poço, nas proximidades de um posto de saúde. A acusada estava sentada num banco com a criança no colo. O agente do Tigre Romildo Ribeiro participou das buscas. "Primeiro fomos até o Vale do Reginaldo, onde a acusada reside. Todavia, lá ela não estava e a informação que recebemos é que a mulher havia saído para procurar um posto de saúde. Então, saímos fazendo buscas e a encontramos senta na Praça. Quando fizemos a abordagem, a Ana Paula nos garantiu que era a mãe da criança e que a polícia estaria equivocada. Entretanto, nós a encaminhamos ao hospital e o recém-nascido foi reconhecido pela mãe. Só depois disso a acusada admitiu ter tirado o bebê da maternidade", contou ele.
Ana Paula Ramalho foi conduzida para a Central de Polícia e a criança já está com a família. “É um alívio segurar esse bebê no colo. Estamos muito felizes e queremos agradecer a imprensa e a polícia pelo apoio”, disse Madalena Santos da Silva, tia do recém-nascido.
À Gazetaweb , a acusada do rapto alegou que a mãe da criança, Maria Edlene, teria afirmado que queria dar a criança. “Há alguns dias eu estava a procura de um bebê para adotar e soube que a Edlene não queria o filho porque já era mãe de outras quatro crianças. Por isso eu peguei o bebê”, disse a acusada.
O rapto
Funcionários do hospital informaram a integrantes do 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM, ainda durante à noite de ontem, que uma mulher havia levado uma criança da maternidade e fugido num táxi, modelo Pálio e placa não identificada. Buscas foram feitas durante toda a madrugada, mas sem nenhum sucesso.
O pai do recém-nascido, Adílson Santos, informou que a acusada tentou raptar outras crianças da maternidade, mas que as mães teriam pedido os bebês de volta ao perceber que a mulher estaria tentando levá-los. "Minha mulher ainda estava sentindo muita dor porque tinha acabado de fazer uma cesárea e, após ser medicada, dormiu, Por isso aquela mulher levou meu filho", relatou o pedreiro.
O diretor da unidade, Luís Cláudio Marinho, procurou a Central de Polícia para formalizar a denúncia nesta quarta-feira. O circuito interno de monitoramento gravou a ação da mulher e as imagens foram enviadas ainda ontem à polícia.
O vigilante da Santo Antônio afirmou que a mulher e o bebê saíram da maternidade num Táxi do modelo Siena.
A Gazetaweb tentou contato com a direção do Hospital e Maternidade Santo Antônio, mas foi informada que o diretor da unidade não estava no local.
