Com maceioagora // Fonte ojornal-web
A primeira visita oficial da presidente Dilma Rousseff a Alagoas não vai mais acontecer no dia 15 de julho. A agenda foi cancelada porque o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) vai sofrer uma cirurgia no próximo sábado para extirpar uma diverticulite que o atormenta há anos, e precisará ficar de repouso durante os dez dias que sucedem à operação. No dia 15, Dilma lançaria nacionalmente no Estado o programa federal “Água Para Todos”, o protagonista do “Brasil Sem Miséria”, o maior desafio da gestão nos próximos quatro anos.
Segundo a assessoria de comunicação do governador, foi a presidente quem fez questão de lançar o projeto somente na presença do governador tucano. Já versões extra-oficiais garantem que foi o governo estadual quem pediu o adiamento. Caso o compromisso fosse mantido, o representante de Alagoas no lançamento seria o vice-governador José Thomaz Nonô (DEM), mais ácido ao falar sobre o governo federal, ao contrário do discurso suave de Vilela, que repete sempre que pode o apoio que Dilma vem dando a Alagoas.
Por enquanto, não há previsão oficial para o lançamento do “Água Para Todos” após o adiamento. Mas O JORNAL apurou que a presidência já cogita realizar a solenidade no dia 27.
Nada está garantido, no entanto. O evento traria a Alagoas, além da presidente Dilma, governadores dos demais Estados nordestinos, alvo do programa que pretende ampliar o abastecimento de água na região, e em especial no semi-árido, onde o problema é histórico.
Teotonio Vilela Filho vai ser operado após ter mais uma crise de diverticulite – das inúmeras que o acometem de tempos em tempos – na quarta-feira da semana passada, 29 de junho, durante reunião em Brasília. Após sentir as dores típicas da doença, o governador foi medicado e realizou diversos exames, e a inflamação foi controlada. As dores continuaram nos dias seguintes, no entanto, e esse teria sido o motivo da escolha do dia da cirurgia.
A médica que acompanha o problema intestinal do governador, Celina Lacet, garantiu que a cirurgia não é emergencial. “É uma cirurgia eletiva, que já vem sendo preparada há dois anos. Não é nada grave. O Estado pode ficar tranquilo”, brincou a médica, que saía da casa do chefe do executivo no momento da entrevista, feita por telefone.
Lacet preferiu não dar detalhes sobre a cirurgia ou o estado de saúde de Teotonio. “Gostaria que não falássemos sobre isso, para garantir a privacidade do governador. Tratamos do assunto com discrição”, justificou. Vilela será operado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo – a mesma instituição onde ficou internado o ex-vice-presidente José Alencar para tratar o câncer. O médico que fará a cirurgia é o Dr. Raul Cutaid, que já é o responsável por cuidar de sua diverticulite em SP.