25/04/2024 02:01:00

28/10/2007 00:00:00

Alagoas


Alagoas

Centenas de servidores públicos, trabalhadores rurais, entidades e movimentos populares percorreram a orla marítima de Ponta Verde e Jatiúca em passeata pela passagem do Dia do Servidor Público, neste domingo. A comemoração foi substituída pelo protesto contra a desvalorização do servidor que enfrenta, hoje, uma das maiores crises da história de Alagoas.

Para os representantes sindicais do Estado, a data acabou se tornando um dia de tristeza e luta por melhores condições de trabalho. Além disso, as entidades aproveitaram a ocasião para unir as vozes em favor da federalização da Segurança Pública de Alagoas, que pode por fim à ‘violência desenfreada’ e à impunidade que a cada dia faz novas vítimas.

Para Benedito Alexandre, um dos representantes do Movimento Unificado da Saúde, o que mais preocupa as entidades é o fato de não haver avanços nas negociações. “Não temos avançado em nenhum aspecto. Até agora o Governo só quer convencer que está fazendo o possível, quando na verdade está oferecendo um dinheiro que sai do próprio trabalhador. Nós queremos a verdade, não queremos ser mais enganados, como aconteceu com a categoria médica”, ressaltou Alexandre.

“Nós (Movimento da Saúde) queremos encerrar o movimento da forma como iniciamos, pedindo que seja aplicado aos demais servidores os direitos concedidos aos médicos, só que de forma concreta e não descumprindo o compromisso como ocorreu aos companheiros. Estamos aguardando que nesta semana – com a intermediação do deputado Antônio Albuquerque – consigamos refazer o canal de negociação e o Governo efetive o determinou no início. Por tanto, hoje é um dia de tristeza e sobretudo, de resistência dos trabalhadores”, completou.

Para a professora Gilerne Lázaro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinteal), “Comemorar não bem a palavra, já que no Dia do Servidor, a cada ano, a situação se agrava mais. Há uma onda de situações que nos fazem continuar a luta, uma batalha gigantesca pela busca da valorização profissional. Além disso, aproveitamos para reivindicar respeito para funcionários e sociedade, que sofre com a onda de crimes sem solução, tanto no campo, quanto na cidade”, disse.

“Nós esperamos do governo ações concretas. Agente não precisa de demissões, precisamos de soluções para esta crise que se arrasta pelos mais diversos segmentos”, concluiu Lázaro.

Dezenas de trabalhadores rurais sem terra dos diversos Movimentos participaram da passeata, além dos segmentos em greve (Polícia Civil, Educação, Saúde), familiares de vítimas de crimes sem elucidação, a exemplo do tributarista Silvio Viana, que completa 11 anos de morte, hoje.

Nas faixas, sinais da revolta e indignação dos servidores pelo ‘abandono’ do Governo e ‘desrespeito’ aos trabalhadores. À frente do protesto, coordenadores dos Movimentos e cruzes, simbolizando as mortes de trabalhadores.



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 42
Notícias Agora
Google News