25/04/2024 00:31:15

24/10/2007 00:00:00

Política


Política

Na reunião realizada ontem, na sede da OAB, foi formalizado oficialmente o pedido de intervenção federal na segurança de Alagoas, elaborado pelo Ministério Público, Ordem dos Advogados Brasil seccional Alagoas e Conselho Estadual de Direitos Humanos.

O documento será encaminhado para o Ministro da Justiça Tarso Genro, após a assinatura de outras entidades, que não compareceram à reunião de hoje. Estiveram presentes Pedro Montenegro, secretário nacional de Direitos Humanos, Everaldo Patriota, presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Omar Coelho, presidente da OAB, e a promotora Karla Padilha, representante do Ministério Público Estadual.

“Nós queremos uma ajuda. Queremos que o governador tenha a grandeza de reconhecer que precisamos disso. Não adianta apenas prender o operário do crime, se quem leva o lucro continuar impune. Alagoas já fez esse tipo de pedido em 1992. Vários estados já o fizeram também. Queremos uma polícia descomprometida e que dê uma resposta à sociedade alagoana sobre tantos crimes de mando que estão acontecendo no estado. Para isso, é preciso que o senhor governador tenha humildade e peça ajuda à União”, disse Patriota.

Indagado sobre a informação de que o movimento que está lutando para que haja uma intervenção federal no estado quer a saída do General Sá Rocha da Secretaria de Segurança, Patriota disse que seria leviano falar no assunto, mas afirma que essa é uma decisão que só o governador pode tomar.

“Se o ministro da Justiça perguntar ao governador se pode mandar uma equipe, se pode ajudar, só ele pode dizer se vai aceitar ou não. Não podemos falar que queremos a cabeça dele (Sá Rocha), até porque uma coisa como essa teria que ser feita pela população, que pode se mostrar descontente com a situação”, colocou o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos.

 
Falta de coragem

Para Omar Coelho, a intervenção federal se faz necessária porque as pessoas que podem combater à violência não o fazem, por falta de coragem ou por comprometimento. Ele colocou ainda que acredita que o governador tem a vontade de mudar, mas diz que é preciso que Téo “meta a mão na mesa” e deixe claro que é ele que manda.

“O governador que mudar, todos podem ver isso, mas é preciso atitude para isso. Ninguém quer continuar vivendo nessa tensão aqui em Alagoas. A insegurança está em todos os lugares, seja na cobertura na orla ou na periferia. Alagoas só mostra coisas ruins para os outros estados do Brasil, não queremos que isso aconteça”, afirmou Omar.

Pedro Montenegro, que será o porta-voz das entidades alagoanas que desejam a ajuda da União junto ao Governo Federal, disse que vai aguardar que outras entidades assinem o documento,para levá-lo para Tarso Genro, mas espera que antes disse o governador se pronuncie sobre o assunto.

“Nós queremos que a área de segurança seja entregue à Nação e depois que estiver tudo certo, entregamos de novo ao estado. Não dá para entender, como no meio de uma crise como essa, o governo do estado pede verba para trazer cinema para cá. Espero mesmo que o governador se sensibilize e pense em todo o histórico do pai dele e contribua para que possamos trazer a ajuda federal”, colocou Montenegro. 


com alaemtemporeal // Teresa Cristina



Enquete
Na Eleição de outubro, você votaria nos candidatos da situação ou da oposição?
Total de votos: 42
Notícias Agora
Google News