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20/06/2011 15:43:26

Justiça determina fim de “Câmara de Vereadores paralela” em Traipu


Justiça determina fim de “Câmara de Vereadores paralela” em Traipu
Prefeitura de Traipu

Com tudonahora // wadscon correia

 

Após duas semanas de confusão com a divisão da Câmara Legislativa de Traipu, promovida pela disputa de grupos políticos na cidade, o juiz substituto da Comarca, Phillippe Melo Alcântara Falcão, determinou a unificação do parlamento municipal, que volta ser presidido pela atual presidente eleita, a vereadora Maria da Conceição Teixeira Tavares.

Com a decisão judicial, os cinco vereadores de oposição à atual presidente da Casa retornam ao plenário oficial do legislativo. Dando fim à “Câmara” paralela que foi instituída pelos parlamentares, que chegaram a promover sessões e a votar  projeto de lei para o poder execultivo.

A ordem judicial também determina a anulação dos projetos que foram votados e aprovados pelos vereadores na Câmara paralela. Desta forma, o prefeito Marcos Santos terá que revogar as duas leis que foram implantada no munícipio – a que altera o vencimento dos professores municipais e a que cria o Benefício Social Municipal (espécie de Bolsa-Família). Todos os projetos terão que ser reapresentandos e avaliados pelos nove vereadores na Câmara Municipal.

 

De acordo com a presidente da Casa, a vereadora Maria Conceição, apesar da determinação da Justiça o tormento gerado por dispustas políticas no município estão longe de acabar. “Não acredito que depois da tentativa de um golpe e uma série de desmandos provocados por este grupo a situação deva cessar. Hoje mesmo já chegou um outro documento deles tentando pressionar minha saída. Eles são dispostos a tudo para assegurar o poder e cometer mais demandos”, expôs a vereadora ressaltando que teme pela sua vida e de sua família.

 

Do outro lado da questão, o vereador Marcos Silva Melo relatou à reportagem do Tudo na Hora que a decisão dos vereadores foi de não constituir uma nova Câmara, e sim de destituir a vereadora do cargo "devido a atos arbitrários". “Tomamos essa postura porque a veradora atua como uma ditadora, não respeita os membros da Casa e impõe uma política irresponsável. Hoje mesmo ela se negou a receber um requerimento que pede a saída dela. Como somos a maioria na Câmara, vamos encaminhar a representação via Correio”, falou Marcos Silva acusando a presidente de falta de decoro parlamentar, improbidade administrativa e prevaricação em sua gestão.

Para o prefeito Marcos Santos, a presidente da Câmara Legislativa vem trabanhando contra o desenvolvimento do município e criando situações vexatórias para os parlamentares e o nome da cidade. "Passei a acatar as decisões da outra Câmara porque eles são a maioria e querem o melhor para cidade. Já a Maria Conceição vem agindo de foram arbitrária sem respeitar ninguém. Anda na cidade com um monte de segurança como se houvesse bandido em Traipu. Aqui a cidade é pacífica e as discussões não saem do debate político", falou. 

 

IMPASSE – Numa situação única e adversa no País, o munícipio de Traipu permaneceu por 15 dias com duas câmaras. A oficial, constituída por 4 vereadores; e uma paralela, composta pelos 5 opositores da presidente da Casa. A situação deixou a população confusa e dividida já que as decisões partiam de duas frentes. A prefeitura passou a acatar as decisões da Câmara paralela, gerando mais confusão no munícipio.

 

Apesar de ter a situação normalizada a mando da Justiça, o município deve continuar com o clima político agitado. Uma sessão acontece nesta terça-feira (21), às 14 horas. Na ocasião, os cinco vereadores que compunham a Câmara paralela vão pedir a saída da presidente da casa do cargo.


 



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