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Polícia
19/06/2011 14:23:03

Família de Giovanna Tenório quebra silêncio e fala sobre o crime


Família de Giovanna Tenório quebra silêncio e fala sobre o crime
D. Catarina mãe de Giovanna

Com gazetaweb // maurício gonçalves

 

Um fio de nylon costurou o destino da aposentada Catarina Tenório Andrade e da professora de Enfermagem, Larissa Tenório, amarradas à dor pelo assassinato da estudante de Fisioterapia Giovanna Tenório Andrade, de 28 anos. As marcas do fio no pescoço da moça que sonhava com um mundo melhor, ajudava quem podia e se dedicava à prática religiosa dão o sinal da covardia, brutalidade e premeditação de um crime cercado de mistérios que atormenta Alagoas.

Para Catarina, a mãe de Giovanna e Larissa, o bombardeio emocional provocado pelo ato bárbaro não abalou a fortaleza construída pela resignação cristã. Tanto que ela evita tecer comentários contra os principais suspeitos do crime, o casal Toni Bandeira e Mirela Granconato, ambos com 20 anos. “Eu não quero nem acreditar que um casal tão jovem, tão bonito como aquele, seria capaz de cometer uma atrocidade dessa”, disse Catarina, em entrevista exclusiva para a Gazeta de Alagoas.

Pela primeira vez após os dramas do desaparecimento e da descoberta do corpo, Catarina decidiu receber uma equipe de reportagem, abrindo as portas do apartamento onde morava com a filha. Livros, fotos, objetos pessoais e lembranças de Giovanna estão por toda parte. Alguns ambientes estavam sendo reformados e a mãe vai fazer questão de decorá-los do jeitinho que foi planejado pela filha.

“Minha irmã era muito religiosa”

Gazeta – Como está a vida sem Giovanna?

Larissa Tenório (irmã) – É muito difícil pela falta que ela faz. Nós sempre fomos muito unidas, a dor é imensurável, Deus vai me dar força para superar essa perda, mas é difícil mesmo. Deus é forte e está nos dando força para suportar.

Catarina Tenório (mãe) – Não tenho nem palavras para dizer da falta que sinto da minha filha. Todos os meus filhos são importantes, sempre me deram alegria, mas ela estava mais presente, mais perto de mim, porque ainda morava comigo. Já foi difícil suportar quando a Larissa saiu de casa, casada, porque a gente era três em um, três almas bem unidas, ela era muito ligada à irmã e a mim, tudo que nós fazíamos era combinado.

O que passava pela cabeça de vocês antes do corpo ser encontrado?

Catarina Tenório – Eu pedia a Deus que nada acontecesse. Ela era uma menina pacata, amiga, uma pessoa do bem. Não haveria motivo nenhum para que eu pensasse que tivesse acontecido uma tragédia dessa. Eu sempre tinha a esperança em Deus que nenhuma coisa de mal acontecesse a ela.

Larissa Tenório – Eu tinha fé que ela estava viva. Quando liguei para o meu irmão dizendo do desaparecimento, eu disse: “Não, eu tenho fé, ela vai ser encontrada”. Por mais que soubesse que podia ser que nunca mais eu chegasse a ter minha irmã ao meu lado... (Larissa chora nesse momento da entrevista) Tinha fé que ela fosse encontrada com vida. Tanto que eu me expus, procurei, liguei, fui em emissoras de TV, deixei fotos dela, atendia todos os telefonemas da imprensa. Pedia para todo mundo divulgar... (ainda chorando) Esperava que realmente a gente fosse encontrá-la, mas infelizmente disseram que tinham encontrado um corpo e podia ser da minha irmã...

O que dizer diante de tamanha violência?

Catarina Tenório – A gente está vivendo num mundo muito conturbado, de grande violência. E como fazemos parte de grupos religiosos – ela era do Segue-me, eu sou do Apostolado, do Segue-me e do Terço da Família – o objetivo dos movimentos é rezar pela família, pela paz, pela união, que a gente tivesse um mundo mais amigo, mais irmão e que essa violência cessasse. A gente rezava direto pedindo a paz. Quando ela assistia reportagens mostrando a violência nas escolas, nas ruas, ela ficava indignada, dizia para a gente rezar mais, que a gente precisava fazer alguma coisa.

Um fio de nylon costurou o destino da aposentada Catarina Tenório Andrade e da professora de Enfermagem, Larissa Tenório, amarradas à dor pelo assassinato da estudante de Fisioterapia Giovanna Tenório Andrade, de 28 anos. As marcas do fio no pescoço da moça que sonhava com um mundo melhor, ajudava quem podia e se dedicava à prática religiosa dão o sinal da covardia, brutalidade e premeditação de um crime cercado de mistérios que atormenta Alagoas.

Para Catarina, a mãe de Giovanna e Larissa, o bombardeio emocional provocado pelo ato bárbaro não abalou a fortaleza construída pela resignação cristã. Tanto que ela evita tecer comentários contra os principais suspeitos do crime, o casal Toni Bandeira e Mirela Granconato, ambos com 20 anos. “Eu não quero nem acreditar que um casal tão jovem, tão bonito como aquele, seria capaz de cometer uma atrocidade dessa”, disse Catarina, em entrevista exclusiva para a Gazeta de Alagoas.

Pela primeira vez após os dramas do desaparecimento e da descoberta do corpo, Catarina decidiu receber uma equipe de reportagem, abrindo as portas do apartamento onde morava com a filha. Livros, fotos, objetos pessoais e lembranças de Giovanna estão por toda parte. Alguns ambientes estavam sendo reformados e a mãe vai fazer questão de decorá-los do jeitinho que foi planejado pela filha.

“Minha irmã era muito religiosa”

Gazeta – Como está a vida sem Giovanna?

Larissa Tenório (irmã) – É muito difícil pela falta que ela faz. Nós sempre fomos muito unidas, a dor é imensurável, Deus vai me dar força para superar essa perda, mas é difícil mesmo. Deus é forte e está nos dando força para suportar.

Catarina Tenório (mãe) – Não tenho nem palavras para dizer da falta que sinto da minha filha. Todos os meus filhos são importantes, sempre me deram alegria, mas ela estava mais presente, mais perto de mim, porque ainda morava comigo. Já foi difícil suportar quando a Larissa saiu de casa, casada, porque a gente era três em um, três almas bem unidas, ela era muito ligada à irmã e a mim, tudo que nós fazíamos era combinado.

O que passava pela cabeça de vocês antes do corpo ser encontrado?

Catarina Tenório – Eu pedia a Deus que nada acontecesse. Ela era uma menina pacata, amiga, uma pessoa do bem. Não haveria motivo nenhum para que eu pensasse que tivesse acontecido uma tragédia dessa. Eu sempre tinha a esperança em Deus que nenhuma coisa de mal acontecesse a ela.

Larissa Tenório – Eu tinha fé que ela estava viva. Quando liguei para o meu irmão dizendo do desaparecimento, eu disse: “Não, eu tenho fé, ela vai ser encontrada”. Por mais que soubesse que podia ser que nunca mais eu chegasse a ter minha irmã ao meu lado... (Larissa chora nesse momento da entrevista) Tinha fé que ela fosse encontrada com vida. Tanto que eu me expus, procurei, liguei, fui em emissoras de TV, deixei fotos dela, atendia todos os telefonemas da imprensa. Pedia para todo mundo divulgar... (ainda chorando) Esperava que realmente a gente fosse encontrá-la, mas infelizmente disseram que tinham encontrado um corpo e podia ser da minha irmã...

O que dizer diante de tamanha violência?

Catarina Tenório – A gente está vivendo num mundo muito conturbado, de grande violência. E como fazemos parte de grupos religiosos – ela era do Segue-me, eu sou do Apostolado, do Segue-me e do Terço da Família – o objetivo dos movimentos é rezar pela família, pela paz, pela união, que a gente tivesse um mundo mais amigo, mais irmão e que essa violência cessasse. A gente rezava direto pedindo a paz. Quando ela assistia reportagens mostrando a violência nas escolas, nas ruas, ela ficava indignada, dizia para a gente rezar mais, que a gente precisava fazer alguma coisa.




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