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Com alagoas24horas // priscylla régia
A Polícia Federal em Alagoas concedeu nesta sexta-feira, 17, uma coletiva à imprensa para reforçar as informações sobre a operação CID-F, deflagrada na última terça-feira (14), e que resultou na prisão de 24 pessoas envolvidas na fraude ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) de Alagoas.
O delegado-geral da PF, Amaro Vieira, e o delegado responsável pelo caso, Alexandre Borges não apresentaram nenhuma novidade sobre o caso e justificaram que a coletiva é uma resposta à demanda da imprensa. Os delegados alegaram que as investigações seguem em sigilo e detalhes não serão revelados.
Sobre a situação dos presos, o delegado Alexandre Borges informou que 16 pessoas que tiveram prisão temporária decretada serão liberados da carceragem da PF no próximo domingo, 19. "As prisões temporárias não foram renovadas. Atingimos o objetivo que era colher documentos e depoimentos. No entanto, todos os beneficiários foram indiciados", afirmou Borges.
Entre os acusados que receberão a liberdade neste final de semana estão os médicos peritos Gilberto Costa e Gilberto Freitas, apontados como integrantes do esquema fraudulento. Já o médico perito Fabiano Quintiliano teve a prisão preventiva decretada e continua detido na PF.
Sobre a diferença nos pedidos de prisões dos médicos, o delegado informou que cada um tinha um papel divergente no esquema. “Como não podemos fornecer detalhes, adiantamos apenas que observamos o que cada um fazia e com isso definimos o tipo da prisão a ser solicitada à Justiça”, disse Borges.
Depoimentos
Durante os depoimentos, foram apontados nomes de aliciadores que serviam de ponte entre os beneficiários e servidores. Indagado sobre possibilidade de novas prisões, Alexandre Borges informou que por falta de indícios a Justiça não deverá ser acionada.
"Surgiram outros nomes nos depoimentos, mas todos superficialmente. Não poderíamos solicitar a prisão se não há elementos suficientes", explicou o delegado.
Em relação às declarações de Antônio Cícero Valério, o 'professor Valério', à imprensa acerca de um suposto dossiê que revelaria como o esquema se dava, o delegado Alexandre Borges informou que desconhece a informação. "Voltaremos a conversar com ele ainda. Desconheço essa informação", finalizou Borges.
Segundo informações, um dos acusados - Gilberto Costa - perito do INSS, que deveria ser liberado junto com os demais presos no domingo, foi solto no fim desta tarde. A determinação foi do juiz Andrá Granja.
