Com tudonahora // sidney tenório
O corregedor-geral de Justiça, desembargador James Magalhães, esteve, na manhã desta quarta-feira (15), no quartel do Exército Brasileiro, no bairro do Farol, para entregar um lote de 260 armas e munições apreendidas pela polícia que eram objeto de processos arquivados. O armamento será encaminhado para a Sede da 7ª Região Militar, em Recife (PE), onde devem ser destruídas.
James Magalhães explicou, no entanto, que parte das armas pode ser aproveitada por órgãos de segurança pública, o que vai depender de uma perícia. "Aquelas que estiverem em condições passam a ser usadas pelo Estado. Já as demais, serão destruídas pelo Exército", disse o desembargador.
O lote de armas foi recolhido em várias comarcas do Estado, atendendo a uma determinação do Conselho Nacional de Justiça para que seja evitada a permanência por muito tempo de armamentos na sede de fóruns. O CNJ quer evitar incidentes como o ocorrido em São Paulo e em cidades alagoanas onde bandidos invadiram os prédios da Justiça para furtar armas e munições.
"A resolução do CNJ determina que o juiz providencie a elaboração de um laudo sobre a arma e que esta seja encaminhada num curto espaço de tempo para o Exército para que seja destruída ou reaproveitada", ressaltou James Magalhães. Ele disse que os casos das invasões aos fóruns de Arapiraca e Olho D´Água das Flores, no Sertão, estão sendo investigados pela Polícia Civil e pela Corregedoria do Tribunal de Justiça.
O comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, tenente-coronel Pinto Sampaio, afirmou que as armas serão encaminhadas para Recife porque o quartel de Maceió não tem as máquinas necessárias para a destruição destes armamentos. "Nossa função é armazená-las e garantir o transporte seguro para a 7ª Região Militar", disse o oficial.
Nos próximos dias o corregedor James Magalhães deve baixar uma resolução determinando os juízes alagoanos para que em 30 dias encaminhem ao Exército todas as armas de processos arquivados que estejam nos fóruns.