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Justiça
13/06/2011 15:20:16

Capitão da PM vai a júri popular por morte de estudante em blitz


Capitão da PM vai a júri popular por morte de estudante em blitz
Capitão Eduardo Alex

Com alagoas24horas // Cláudia Galvão

 

Três anos após a morte do estudante universitário Johnny Wilter Silva Pino, 20, o capitão da Polícia Militar de Alagoas, Eduardo Alex dos Santos, será levado a júri popular pelo assassinato do jovem, morto durante uma blitz no dia 25 de maio de 2008, no Conjunto Santos Dumont.

À época, o capitão afirmou em depoimento à Polícia Civil que atirou após ouvir dois disparos de arma de fogo, contra a motocicleta onde estavam Johnny Wilter e o amigo, identificado como Marcus Brandão, que no dia do crime fugiu do local. O oficial da PM alegou estar exercendo sua função e afirma que os jovens teriam furado bloqueio policial. Johnny Wilter foi morto com um tiro de submetralhadora 9mm na nunca.

O delegado que presidiu o inquérito policial, Waldor Coimbra Lou, silicitou à época exames residuográficos de Johnny e Marcus Brandão, mas o laudo negou a existência de pólvora. Também não foi encontrada nenhuma arma em posse dos jovens.

O julgamento deveria ter ocorrido na última semana, mas foi adiado devido aos problemas na central de refrigeração do Fórum do Barro Duro.

Caso

Johnny Wilter morreu no dia 25 de maio deste ano com um tiro na nuca, deflagrado por uma submetralhadora 9 milímetros. Ele estava na garupa de uma motocicleta, com um amigo, quando foi morto pelos policiais.

A versão da PM afirma que os jovens teriam furado um bloqueio policial e atirado contra a guarnição, que teria – supostamente – reagido aos disparos, acertando o garoto, que morreu no local.

Marcus Brandão – que conduzia a moto – afirmou em depoimento que estava levando o amigo para casa quando foi surpreendido com disparos de arma de fogo. Logo em seguida, ele relatou que o amigo caiu da Honda Biz. Assustado com a aproximação de estranhos (que no caso seria dos policiais), ele fugiu do local.

Marcus disse que em nenhum momento percebeu que se tratava de uma blitz da Polícia Militar. Após deixar o amigo, Marcus foi abordado por outra blitz próximo à Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião, quando policiais militares o interpelaram se ele teria furado o bloqueio no Santos Dumont. Em seu depoimento, músico disse ter parado na segunda blitz e contado tudo que havia acontecido.


 



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