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antonio aragão //
Desde o final da manhã desta sábado (11) que os motoristas e transeuntes de União dos Palmares receberam o terceiro semáforo instalado na cidade pela SMTT, afixado estrategicamente em um dos trechos mais perigosos para o transito por se tratar da confluência das Ruas Hermano Plech, Abílio Gomes e Tavares Bastos, sendo que na primeira se localizam o Hospital São Vicente de Paulo, a Delegacia de Policia Regional de Policia, a Secretaria de Saúde e uma escola onde estudam centenas de crianças e adolescentes, e na ultima se localizam dois colégios que funcionam nos três turnos.
Para o bacharel Célio Duarte Diretor da SMTT a colocação dos semáforos naquela localidade era uma velha aspiração da comunidade, e por certo “contribuirá para a diminuição de acidentes de transito na cidade, mesmo porque é na sequencia de uma das vias de acesso ao centro da cidade onde o fluxo de veículos é intenso, principalmente em dias em que são realizadas feiras livres a poucos metros do local” sentenciou o Diretor.
Apesar do entusiasmo do Dr. Célio Duarte cujo trabalho boa parte da comunidade aprova, de concreto mesmo a nova sinalização posta em funcionamento hoje apenas empresta aos visitantes um visual de organização e civilidade, mas na pratica contradiz o esforço e a boa vontade do abnegado servidor, pois no transito como em muitos outros ramos de atividades em União dos Palmares, o poder politico ainda pertence a alguns coronéis remanescentes da ditadura que ainda resistem em ingerir em todos os aspectos da vida de um povo que sempre foi independente e altruísta, mas que viciados pelo mando politico, estão-se fundando para não cumprir as leis e a cidadania baseados na impunidade.
Para se trafegar em União dos Palmares é necessário ser um perito na volante, já a partir dos dois acessos viários, ambos ligados a BR-104. No primeiro no sentido Divisa AL/PE-Maceió, se encontra a AL-205 parcialmente ocupada por maquinaria pesada pertencente às firmas que estão construindo as novas casas do plano “Minha Casa Minha Vida” da Caixa Econômica. As obras além de tomar o espaço físico da rodovia/acesso já danificaram o acostamento que na realidade é um matagal e deposito de areia, terra e pedra, ajudados por proprietários rurais que fixaram suas cercas coladas com o acostamento.
No acesso dois no mesmo sentido (Divisa/Maceió), o caos se generaliza. Carros parados nos dois lados das Avenidas João Lyra Filho e Antonio Gomes de Barros, oficinas efetuando serviços em veículos no meio da rua, carga e descarga de caminhões em estabelecimentos comerciais, carroças, motos ultrapassando pelo lado direito dos carros, enfim, um verdadeiro inferno urbano o que parece agradar as atuais autoridades que serão mudadas no ano que vem por força de uma eleição.
Entretanto, o pior mesmo fica no coração comercial da cidade. Segundas-feiras (o dia todo), parte das terças, quartas (o dia todo), quintas (parte do dia), sexta (o dia todo) e sábados (a grande feira), ninguém, nem transeuntes nem motoristas trafegam no centro. Além de algumas obras no calçamento das ruas de acesso ao local da feira, as bancas restringem cada vez mais o espaço das senhoras e idosos que fazem compras principalmente no mercado público, cujo acesso é aberto ao trafego apenas dois dias na semana. Se em uma ocasião houver o registro de uma tragédia ou um assalto a um dos bancos no centro da cidade, não terão acesso os carros de socorro (ambulâncias) tampouco carros de policia.
Há cerca de duas semanas, o prefeito Dr. Areski de Freitas reuniu alguns assessores e fixou uma comissão para organizar a Feira Livre da Cidade, mas nada saiu do papel mesmo sabendo que este problema se arrasta a décadas sem que nenhum politico executivo ou legislativo tome uma atitude a respeito. O ultimo prefeito que tentou organizar a feira de União dos Palmares que foi o Sr. Afrânio Vergetti ironicamente foi afastado pela Justiça e não mais retomou o mandato.
União dos Palmares apesar de seu passado glorioso, da saliência dos seus filhos que escreveram seus nomes nas páginas da história do Brasil ainda remanesce ao tempo provincial onde um emprego ou uma ajuda para pagar uma conta de água, de luz, de farmácia, e até um internamento ainda curva determinadas pessoas desprovidas de visão futurista em troca de um voto, mesmo porque o município dispõe apenas de três fontes de geração de renda: a Prefeitura com quase 2 mil servidores, a Usina Lajinha que é um parque fabril temporário e o os aposentados e pensionistas do INSS. O resto da comunidade sobrevive apenas de empregos formais e favorecimentos políticos.
