Prefeito é denunciado e pode revelar esquema com autoridade do judiciário

Com cadaminuto // emanuelle oliveira

O promotor de Porto Calvo, Sérgio Eduardo Simões abriu inquérito administrativo para investigar o envolvimento do prefeito de Campestre, Amaro Gilvan no pagamento de uma dívida pessoal de mais de R$ 2 milhões com cheques da prefeitura, em 2008, antes mesmo de ser empossado.

Segundo a denúncia, feita pelo empresário Demócrito Wanderley Neto, o valor seria pago em parcelas de R$ 30 mil e R$ 50 mil até o final do mandato.

O Cadaminuto apurou que o prefeito deverá ser ouvido no próximo dia 30 e que ele irá revelar um esquema comandado por uma autoridade do Poder Judiciário de Alagoas.

O empresário teria sido “contratado” para mediar a negociação, que aconteceu ás vésperas do pleito de 2008, com o objetivo de assegurar que Gilvan fosse eleito.

Ainda segundo informações colhidas pelo Cadaminuto, o gestor se sentiu intimidado e teme pela sua vida, por isso decidiu denunciar o esquema, que também aconteceria em outros municípios.

“O caso envolve o empresário e o prefeito. Ainda não tenho conhecimento da participação de pessoas do judiciário. A informação que recebi é que o gestor municipal assinou um contrato para o município pagar, antes de assumir o cargo. Foi isso que motivou a abertura do inquérito”, explicou o promotor.

Um assessor de Amaro Gilvan informou que o gestor não estava sabendo de nenhuma investigação do Ministério Público. A reportagem do Cadaminuto tentou entrar em contato com o prefeito de Campestre, mas o celular dele estava desligado.