Com ojornal-al // thiago gomes
O novo perito geral da Perícia Oficial do Estado, coronel da PM Roberto Liberato, encara como um grande desafio o impasse gerado com os servidores do órgão depois que seu nome foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na quinta-feira da semana passada. Para a reportagem de Ojornalweb ele não quis comentar muito o assunto, apenas informou que manterá contato até esta terça-feira (24) com o secretário de Defesa Social, Dário César Barros Cavalcante, para resolver a questão.
O coronel assume com praticamente a maioria dos peritos criminais contra sua nomeação. Pelo menos é o que indica a associação da categoria, em nota divulgada nesta segunda-feira, para a imprensa. Nela, as lideranças informam que ficou acertado, por unamimidade, que nenhum profissional aceitará ser diretor dos Instituto Médico Legal (IML), de Criminalística (IC) e de Identificação (I.I), em repúdio, justamente, à nomeação do militar.
“Não vou me pronunciar antes de ter uma conversa com o secretário Dário César”, resumiu-se a falar o coronel Liberato para o Ojornalweb. Especula-se que o novo perito geral não ficará no cargo, mas ele não falou sobre o assunto.
Entretanto, a assessoria de imprensa da Perícia Oficial revelou que o novo gestor este nas dependências do órgão, nesta manhã, conheceu tudo, falou com os servidores e ainda teve uma reunião com os representantes da associação dos peritos criminais do Estado. Segundo a assessoria, o oficial está encarando a tarefa como mais um desafio de sua vida.
O secretário de Defesa Social, Dário César, estava em reunião com o governador do Estado quando a reportagem tentou contato nesta tarde. A assessoria informou que não existe qualquer reunião agendada oficialmente entre o perito geral e o secretário no prazo dado pelo coronel Liberato.
O coronel assumiu nesta manhã o posto e foi surpreendido pelo médico legista Kleber Santana, ex-diretor do IML de Maceió e também do Samu, e pelo perito Cantuária, ex-diretor do IC, que haviam recebido o convite para as respectivas direções.
“Caí de pára-quedas na situação, mas já pedi, inclusive, que não enviassem o meu nome para publicação no Diário Oficial”, disse o legista Kleber Santana durante assembleia.
No gabinete do diretor, ambos expuseram a insatisfação e a decisão tomada. “Disse ao coronel que não aceitaríamos os cargos, tampouco a presença dele na perícia oficial”, assegura Cantuária. Segundo eles, o coronel argumentou não ter pedido para ser indicado e sim recebido o convite.