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22/05/2011 21:05:31

Moradores vivem pela segunda vez explosão causada pela Braskem


Moradores vivem pela segunda vez explosão causada pela Braskem
Braskem em Maceió

Com cadaminuto // michelle farias

 

Um rompimento na tubulação da Braskem na noite de ontem (21), deixou 130 pessoas intoxicadas, mas o saldo é bem maior. O pânico tomou conta dos moradores do Prado, Virgem dos Pobres II, São Sebastião, Ponta Grossa, Pontal e o Trapiche, onde a população foi mais atingida. 130 pessoas deram entrada no HGE intoxicadas.

 

O Cadaminuto foi à região atingida e ouviu os moradores que afirmaram que vão exigir seus direitos, diante do acontecido. Passado o susto, e a noite mal dormida, muitos moradores ainda se queixavam de problemas de saúde neste domingo (22). Vômito, falta de ar e tonturas são sintomas comuns entre a população.

 

A dona de casa Aparecida Santana da Silva, 43 anos, disse que estava no sítio Recreio quando ouviu um forte barulho. “Foi pior que bomba, senti um tremor em casa, e pouco tempo depois vi uma neblina, foi quando todo mundo começou a passar mal, tossir, os olhos lacrimejavam. Meu neto ficou muito mal, teve febre e vomitou”, afirmou Aparecida.

 

As moradoras do Trapiche da Barra, Neilza Maria e Maria do Carmo viveram pela segunda vez o drama do vazamento. Elas contaram que há mais de 20 anos, uma explosão que causou pânico entre os moradores, houve muita fumaça e fogo, várias pessoas foram atingidas.


“Dessa vez foi bem diferente. Apenas uma forte neblina tomou conta dessa região. Achei até que foi muita correria pra pouca coisa, não que esse vazamento seja pequeno, mas as proporções da primeira explosão foi maior”, afirmou Neilza Maria.

 

“Senti os olhos conçando, a garganta parecia que ia fechar, e uma coceira pelo corpo. Foi realmente um desconforto. Mesmo com o pessoal do Corpo de Bombeiros dizendo que estava tudo bem e que não tinha sido nada de grandes proporções, não consegui dormir até agora. Coloquei todos os documentos dentro de uma bolsa e fui para rua.”, disse Maria do Carmo.

 

o pescador José Ferreira, que estava trabalhando na noite de ontem, confirmou que a sirene só foi acionada 20 minutos após o vazamento. “A simulação só é feita com os moradores do Pontal da Barra, mas toda essa região do Trapiche, Vergel, São Sebastião foi atingido e nunca recebemos nenhum treinamento. Por isso que teve pânico, dessa vez não vamos deixar barato. A Braskem pode ficar preparada”, desabafou o pescador.




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