Militares recusam reajuste de 7% e continuam em estado de greve

Policiais e bombeiros militares do Estado se reuniram na tarde desta terça-feira, 17, para discutir a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado na semana passada. Somente no início da noite os representantes de associação confirmaram o que já era esperado. A categoria recusou os 7% de reajuste dividido em duas parcelas, sendo a primeira em maio e a outra em novembro.

De acordo com o major Fragoso, presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), a proposta de reajuste não chegou a ser apresentada oficialmente pelo Governo. “Oficialmente nunca fomos convocados para discutir com o governador a proposta, nem fomos recebidos por nenhum secretário. O governo tomou a decisão sozinho sem consultar os militares”, disse Fragoso. A proposta foi entregue por representantes do Governo, na sexta-feira passada, ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isaac Jackson.

Ainda segundo o major, o Governo teria que rever o valor apresentado, já que não chegou a pagar o resíduo de 7%, referente ao ano de 2007, acordado judicialmente. “Isso porque não estamos contando com a data-base da categoria e a progressão por tempo de serviço”, afirmou.

Os militares voltam a se reunir na próxima quinta-feira, 19, às 14h, na Praça Deodoro, com as demais categorias que integram o movimento unificado de servidores. Os militares pretendem deliberar novas ações em protesto contra a política salarial do Estado.

O governador anunciou hoje em entrevista à imprensa que só falará sobre os servidores públicos amanhã, em entrevista coletiva, quando apresentará um pacote anti-violência.