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Geral
15/05/2011 19:44:59

Faltam 1.300 leitos nos hospitais públicos de Alagoas


Faltam 1.300 leitos nos hospitais públicos de Alagoas
Ilustração

Com ojornal-al // layra santa rosa

 

O caos que toma conta da saúde no Brasil se repete em Alagoas e tem feito vítimas diariamente. Além da população se deparar com filas enormes, mau atendimento, falta de médicos e medicamentos, ainda encontra unidades superlotadas. É uma situação extrema, já que envolve casos de vida ou morte. Em Alagoas, o déficit em leitos públicos é um dos motivos que tem gerado a superlotação no Hospital Geral do Estado (HGE). Faltam 1.300 leitos, para uma população de mais de 3 milhões de habitantes em Alagoas. No ano passado, segundo dados do DATASUS cerca de 60 mil pessoas deixaram de ser internadas no Estado, uma média de cinco mil por mês, que deve se repetir esse ano.

 

O Governo do Estado afirma está trabalhando na readequação dos hospitais municipais e na ampliação do Hospital Geral do Estado, mas nada que vá suprir a carência total, principalmente pelo fato que a população cresce a cada ano. A previsão é de que até o final de 2011, com uma readequadação e reabertura de leitos, cerca de 600 vagas sejam abertas no HGE, Unidade do Agreste e Hospital de Santana do Ipanema.

 

Enquanto isso, o problema da falta de leitos continua. No interior do Estado, existem apenas 45 municípios com Hospitais Públicos [menos da metade do número de municípios] e outras sete cidades com unidades de saúde conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Sem locais para atender toda a demanda, o problema acaba ‘estourando’ sempre em Maceió, onde o número de leitos disponíveis é de 2.469 vagas na rede pública e 669 na rede privada conveniada ao SUS.

 

O problema é grave e faz com que Maceió realize por ano uma média 6.588 internações e para atender toda a demanda, é necessário muitas vezes gastar com hospitais particulares. Já que 25,7% desses atendimentos são em leitos da rede privada, conveniada ao SUS, gerando um gasto anual de R$85.288.331,20. Sem falar, nas internações em hospitais de todo o Estado, onde Governo Estadual gasta mais R$ 142 milhões.

 

Com toda essa falta de estrutura e leitos, a maioria dos hospitais do interior passa a responsabilidade pelas cirurgias, internações em Unidades Tratamento Intensivos (UTI) e maternidades para a capital, gerando os problemas de superlotação já velhos conhecidos da população e gestores. Quem precisa de atendimento, corre um grande risco de não encontrar vaga disponível e até mesmo, morrer sem os devidos cuidados.


 



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