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Alagoas
14/05/2011 23:57:16

Plano de saúde é acusado de falsificar documentos para autorizar internamento


Plano de saúde é acusado de falsificar documentos para autorizar internamento
Divulgação

Com cadaminuto // emanuelle oliveira

 

Familiares denunciaram ao Cadaminuto uma falha na liberação de um procedimento de urgência que teria sido cometida pelo Plano de saúde Medvida. Segundo a jornalista Rose Ferreira, seu pai, Valtair dos Santos Calheiros, tinha que passar por um cateterismo há uma semana, que seria realizado no Hospital do Açúcar, mas o cardiologista que fez o diagnóstico informou a necessidade de pedir autorização à operadora do plano de saúde, que inicialmente teria liberado um atendimento ambulatorial ao invés do internamento.

 

"No dia 3 de maio meu pai passou mal, estava se sentindo cansado e o médico recomendou o cateterismo. Foi aí que começou a novela, porque depois de muitas idas e vindas, horas de espera e muito stresse minha mãe conseguiu uma guia de autorização na última sexta –feira. Quando ela chegou no hospital foi informada que o procedimento só poderia ser feito até as 16h nos dias úteis. Esperamos para esta segunda e foi aí que descobrimos o erro cometido pelo plano”, contou.

 

Ela lembrou ainda, que ao retornar para falar com representantes do plano de saúde a mãe foi informada que a operadora iria entrar em contato com os fornecedores dos materiais necessários para o procedimento, para que o orçamento fosse feito. Diante da aprovação o paciente iria fazer o exame. Rose contou que nesta terça-feira pela manhã foi até o endereço do Medvida, no Farol e mesmo assim não conseguiu a autorização.

 

“Só por volta das 16h me deram a liberação e segui para o hospital. Foi aí que me disseram que a guia estava incompleta, já que o orçamento tinha sido falsificado pela Mônica Calheiros, coordenadora do plano. Isso foi descoberto após o hospital entrar em contato com os fornecedores e confirmar a diferença nos preços. A pessoa responsável pelos materiais também disse que não enviou nada para o plano e trabalhava com outra marca de produtos. Ela deve ter pego um orçamento qualquer e colocado o nome do meu pai” afirmou.

 

Segundo Rose todas as mensalidades do plano vinham sendo pagas em dia. Ela lamentou o descaso no atendimento do pai, destacando que isso pode acontecer com outras pessoas.

"Fui até na Defensoria Pública para ver o que poderia ser feito. Os planos de saúde agem como se estivessem prestando um favor, mas batalhamos muito para conseguir pagar e na hora que precisamos de atendimento temos que passar por uma humilhação dessas”, desabafou.

 

Procedimento

 

A jornalista contou que nesta quarta-feira a irmã foi até o Medvida, ameaçando denunciar o caso à imprensa e pegou uma nova guia de internamento para o pai, após uma pessoa responsável pelos materiais, que estava no Recife, ser localizada.

 

Porém, Valtair dos santos Calheiros só irá se submeter ao cateterismo na próxima segunda-feira. Rose afirmou estar indignada com o descaso da operadora do plano de saúde. Ela contou ainda, que aparentemente o pai está bem, mas que é diabético e está com as taxas de glicose e colesterol altas.

 

"Meu pai teve que esperar 15 dias para fazer um procedimento de urgência. Não estou tranqüila porque ninguém sabe se algo pode acontecer de repente. É difícil dizer de quem é a culpa porque o Hospital diz que é do plano e vice-versa. O que me revolta é que quando fui conversar com a Mônica ela recebeu vários telefonemas de pessoas reclamando, dizendo que iam colocar um advogado, mas ela disse que não ia adiantar. Isso não é coisa que se fale, ela estava calma porque não foi o pai dela que passou por tudo isso. As pessoas esquecem que estão lidando com vidas humanas”, ressaltou.

 

Medvida

 

Em contato com a coordenadora do plano de saúde Medvida, Mônica Calheiros a reportagem do Cadaminuto foi informada que em nenhum momento houve falsificação e que o problema teria ocorrido porque o hospital mudou de fornecedor de materiais usados no procedimento de cateterismo. Ela questionou ainda, o fato do paciente, que foi atendido em um consultório, não ser encaminhado pelo médico para uma internação imediata.

 

Inicialmente o médico que atendeu esse paciente mandou ele ir no Hospital do coração que nem é credenciado no plano. O hospital do açúcar não quis liberar o procedimento, porque poderia nos mandar o orçamento depois. Foi um equívoco não aceitar a guia e dizer que houve falsificação. O que fiz foi carimbar e assinar a liberação normalmente. O funcionário da Laborequipe responsável por isso estava viajando. Só fomos informado que o convênio entre essa empresa e o hospital tinha sido suspenso esta semana.




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