Com tudonahora // josenildo tôrres
A semana útil se encerra com mais um conflito para ser administrado pelo governo do Estado. Os servidores da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) deflagraram greve por tempo indeterminado. Com isso, a vacinação dos rebanhos bovinos e bubalinos contra a febre aftosa pode ficar comprometida, deixando o Estado ainda mais distante de ser declarado "zona livre" da doença do gado bovino pelas autoridades sanitárias.
A decisão de greve, segundo o presidente da Associação dos Servidores da Fiscalização Agropecuária de Alagoas (Asfeagro), José Arnaldo Lisboa, foi adotada porque o governo do Estado não teria implantado o Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) da categoria. Uma reivindicação que, segundo o sindicalista, já dura dois anos e até esta sexta-feira (13) não teve solução.
“Não conseguimos mais ter paciência com este governo", disse Lisboa. "Em 2009 nós realizamos uma greve para que fosse implantado o PCCS da categoria. Nada foi feito e nós decidimos realizar a paralisação. Agora, não tem mais conversa, porque não há compreensão no mundo que suporte um descaso desta natureza”, esbravejou o presidente da Asfegro.
Os servidores da Adeal também lutam por melhores condições de trabalho, já que, conforme o presidente da entidade de classe, estaria faltando até papel nos 15 escritórios de instituição. Eles querem também a realização de concurso público. “Além de um técnico agrícola receber R$ 610 e os agrônomos e os veterinários contarem com R$ 1.700, os profissionais têm que trabalhar por até quatro pessoas, pois falta pessoal. Queremos que o governo do Estado também realize concurso público, pois sobrecarregados não podemos exercer nossas funções com eficácia”, frisou José Arnaldo Lisboa.
O presidente da Adeal, Manoel Tenório, não foi localizado pelo Tudo na Hora para se reportar sobre a greve.