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08/05/2011 10:24:43

Nossa homenagem ao Dia das Mães: O Princípe e o Plebeu


Nossa homenagem ao Dia das Mães: O Princípe e o Plebeu
FELIZ DIA MÃES

Conta uma lenda que em um passado distante, existia um reino muito rico que era governado por um rei bondoso que amava seus súditos, razão pela qual todos viviam felizes.

Perto do palácio revestido em mármore e outo existia um riacho caudaloso onde o príncipe, filho único do rei costumava todas as tardes frequentar e era sempre visto observando o horizonte sentado em uma pedra. Sempre ia ao local sozinho e parecia passar horas mergulhado em seus pensamentos. Seu olhar era distante como se buscasse algo que havia perdido e mantivesse a esperança de um dia achar.

Em uma dessas tardes, aproximou-se daquele menino loiro e com roupas luxuosas, um garotinho mais ou menos da mesma idade do futuro rei que tinha vindo ao riacho pescar para sua família se alimentar, pois como disse ao príncipe, fazia parte de uma família bastante pobre e numerosa. Logo fizeram amizade e marcaram para pescar juntos na tarde seguinte.

Passaram-se muitos dias e o rei não aparecia para angustia do plebeu que era de família modesta, mas demonstrava ser uma criança normal e feliz.

Eis que ao longo de quase dois meses já no final da tarde, o pequeno príncipe reaparece, parecendo ainda mais triste.

Tiveram o seguinte dialogo:

- Majestade, senti muito vossa faltar.

Também senti a sua. É que viajei com meu pai e adoeci. Mas estou curado, pois meu pai mandou chamar todos os médicos e curandeiros dos reinos vizinhos até que fiquei sarado e aqui estou.

- Vossa Majestade é feliz?

Sou. As moedas e o amor de meu pai e dos vassalos compram a felicidade. Tenho tudo que quero e quando um dia eu for rei, serei mais rico ainda e pretendo me tornar senhor de todas as terras até onde a vista alcançar.

- Nas noites frias, quem e escuras quem agasalha o senhor?

A ama do palácio.

- Quando pela madrugada a coruja pia de modo assustador, quem está ao seu lado para lhe proteger e canta para Vós dormir? Nas noites frias quem lhe cobre o corpo ou quem lhe dá remédio de ervas para afugentar o frio e lhe curar?

A guarda real, minha ama, o bobo da corte, meu pai e os curandeiros e médicos reais.

- Quem costura, lava e passa as roupas que Vossa Majestade usa?

Um alfaiate de um reino distante vem a cada final de mês fazer roupas novas para mim e meu pai. Só uso uma roupa uma vez, depois dou aos pobres.

- Quem o castiga quando Vossa Majestade fica rebelde e não quer obedecer?

Nunca sofri um castigo, pois meu pai é Rei. Quando faço coisas que não devo, sou aconselhado pelos sábios e conselheiros reais que me mostram os erros que cometo.

- Quando Vossa Majestade era criancinha e tinha fome quem o amamentava ou lhe dava mamadeira?

Uma mãe de leite sadia que meu pai comprou... ainda hoje ela cuida de minha alimentação e de mim.

- Vossa Majestade tem mãe?

Um profundo silencio se abateu entre a criança pobre e o príncipe que com os olhos marejados voltou a olhar para o crepúsculo e nada respondeu.

Então – encerra a conversa o plebeu: permita-me Majestade. Nada de Vossos brinquedos reais feitos por artesãos que trabalham para a nobreza, tampouco as milhares do moedas do tesouro real, o luxo do palácio, a fartura da comida, os milhares de amigos e cortesões que fazem parte de vossa vida se assemelha a um tesouro que a natureza me deu e preserva ainda hoje, e que não troco nem pelo vosso rico reino mas que me faz mais rico e feliz do que Vossa Majestade:

Minha Santa Mãe. 

Da Redação (antonio aragão)


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