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04/05/2011 20:52:33

MPE pode autorizar contratação de servidores para a Saúde


MPE pode autorizar contratação de servidores para a Saúde
UTI do HGE ...

Com gazetaweb// regina

O promotor da Fazenda Pública Estadual, Sidrack Nascimento, informou que pode autorizar a contratação imediata de funcionários para atuarem no Hospital Geral do Estado (HGE) e ainda solicitar à Justiça a realização de concurso público na área da saúde.

A decisão do promotor pode vir após a ida de um grupo de servidores do HGE ao Ministério Público Estadual amanhã. Esses funcionários irão protocolar representação com graves denúncias sobre os problemas registrados na unidade por conta da falta de pessoal.

Após a conversa com os funcionários e avaliação desse material que será entregue amanhã de manhã no Ministério Público, decidirei os procedimentos que serão tomados. A saúde está em primeiríssimo lugar, não dá para esperar”, declarou o promotor. Se não houver outra alternativa para amenizar o caos no HGE, o jeito será tomar decisões mais urgentes. “Dependendo do que for informado, posso autorizar a contratação imediata de funcionários e solicitar a realização de concurso”, declarou o promotor.

A denúncia sobre a falta de condições de trabalho chegou ao MP hoje. Também nesta quarta-feira sindicalistas entregaram dossiê com graves denúncias sobre o funcionamento do HGE ao advogado Gilberto Irineu, presidente da Comissão da OAB.

Servidores do HGE procuram OAB

Servidores do Hospital Geral do Estado, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social e Trabalho no Estado de Alagoas (Sindprev), entregaram à OAB/AL, na manhã desta quarta-feira (04), um relatório com fotos e documentos que provariam o ‘caos’ que supostamente existe dentro do Hospital Geral do Estado (HGE).

Os sindicalistas denunciam que as más condições de trabalho foram agravadas após a saída de 109 funcionários, de modo que eles precisam cumprir a intensa demanda escolhendo quais pacientes vão ‘viver ou morrer’ sem assistência dentro da unidade de saúde.

Durante o encontro, que ocorreu com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, advogado Gilberto Irineu, o movimento sindical acusou o governo de 'mascarar' a realidade do HGE. “O governo subestima o poder de indignação e a capacidade de reação dos servidores públicos. O Estado aposta que não temos coragem de expor a realidade do HGE, mas estamos provando que não temos medo. A situação do hospital é bem diferente daquela que eles vêm maquiando”, disparou Olga Chagas, que compõe a diretoria do Sindprev e também trabalha no hospital.

Corredores estão superlotados

A estudante Naiara Oliveira estava mais aliviada. Após 24 horas de angústia, conseguiu transferir do Hospital Geral do Estado (HGE) a avó Gedalva de Oliveira, aposentada de 62 anos. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), a senhora ficou todo esse tempo num dos corredores do HGE. “Batalhei muito e agora consegui uma transferência para o Sanatório. Graças a Deus. Eu já não aguentava mais ver tanto sofrimento”, desabafou.

A situação já presenciada por Naiara, é compartilhada por outros parentes de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Cheguei na segunda-feira e até agora continuo aqui com a minha tia. Hoje esse corredor está muito cheio. Bate uma revolta muito grande ver uma situação como essa”, disse Claudenice Cavalcante de Lima, sobrinha de dona Maria José, diabética de 81 anos.

Casos clínicos superlotam os corredores da área azul do HGE. Na tarde de hoje a situação estava praticamente igual como denunciou o Sindprev nesta quarta-feira ao presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, advogado Gilberto Irineu. A todo o momento chega gente dos quatro cantos do estado, com todo tipo de problema de saúde. Para quem trabalha na unidade, a superlotação se agrava porque os ambulatórios têm horários para fechar e os pacientes buscam atendimento no HGE, que por sua vez não pode rejeitar. É que muitos casos poderiam ser tratados nos bairros de origem do paciente.

O dossiê entregue pelo Sindprev à OAB relata situações humilhantes, desde más condições de trabalho – agravadas após a saída de mais de 100 funcionários e aquela antiga situação de corredores superlotados e atendimento precário.

A reportagem da Gazetaweb esteve na unidade na tarde desta quarta-feira e ouviu reclamações de parentes internados e alguns que “reconheciam” o esforço das equipes. A superlotação está presente em quase todos os corredores, começa logo na recepção.

Nos demais setores, todos estavam devidamente acomodados em leitos e quartos.


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