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12/10/2007 00:00:00

Política


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Após cerca de 24 horas de conversas com aliados na Residência Oficial da Presidência do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou hoje que vai se licenciar da presidência do Senado por 45 dias. O anúncio foi feito através de um pronunciamento de Renan transmitido pela TV Senado. O prazo termina dia 25 de novembro.  A licença está prevista no regimento interno da presidência do Senado até o prazo limite de 120 dias. Fica a pergunta, será que ele volta a ocupar o cargo?

 “Na noite de hoje decidi me licenciar da presidência do Senado Federal pelo prazo de 45 dias, a fim de demonstrar de forma cabal e respeitosa à nação e a todos os ilustres senadores de que não precisaria do cargo de presidente do Senado Federal para me defender”, afirmou Renan.

 “Agindo assim, afasto de uma vez por todas o mais recente e injusto pretexto usado para tentar dar corpo às inconsistências das representações, enviadas sem qualquer indício ou prova ao Conselho de Ética do Senado Federal", disse. “Com este meu gesto, que é unilateral, quero preservar a harmonia no Senado.”

 Neste período, ele exerce normalmente o mandato parlamentar, mas não preside a Casa. O substituto natural é o primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC).

Renan resolveu licenciar-se depois de uma longa conversa com o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), e com o senador José Sarney (PMDB-AP), na noite de ontem.

 Na conversa ambos disseram que a situação dele era insustentável e que a sua permanência no comando do Senado ameaçaria a já complicada tramitação da proposta de prorrogação da CPMF (imposto do cheque) até 2011, aprovada nesta semana em segundo turno pela Câmara.

 "Renan não tinha muitas alternativas. Agora, de qualquer forma, ele terá que responder aos processos no Conselho de Ética", avalia o senador Renato Casagrande (PSB-ES).

O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) também foi para Brasília para participar das negociações. Renan se reuniu hoje com os senadores Wellington Salgado (PMDB-MG) e Edison Lobão (PMDB-MA). Deste último, ele ouviu o conselho para se afastar do cargo. 'Ele está tenso, abatido e entristecido', disse Lobão após o encontro.

Renan chegou a adiar a viagem que faria com os familiares neste feriado prolongado para analisar a proposta feita por interlocutores do Planalto interessados em facilitar a aprovação da PEC da CPMF no Senado.


por Uol



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