Com gazetaweb // regina carvalho
O trabalhador rural José Raimundo Oliveira dos Santos, pai das adolescentes assassinadas Cícera Beatriz, 12 anos, e Samara, 14, não acredita em vingança. Diz que não sabe a quem atribuir o crime brutal e espera por justiça.
Agora, ele promete “acampar” na delegacia de Coruripe a partir do início da próxima semana, quando serão iniciadas as investigações sobre a morte de suas filhas, cujos corpos foram encontrados na última quinta-feira, na zona rural do município. “Quero justiça. Não quero que aconteça com outras meninas o que aconteceu com as minhas filhas. Soube que o delegado começa a trabalhar na terça-feira e estarei lá na delegacia esperando por ele para saber o que está fazendo para descobrir quem fez isso com elas”, declarou José Raimundo.
Mais calmo, porém mais consciente de que
é preciso uma resposta rápida da polícia sobre o assassinato, José Raimundo diz que tem uma vida simples e nunca se envolveu em brigas. “Se foi vingança não sei de onde partiu. Nunca tive confusão com ninguém. Quero que descubram porque fizeram isso”, acrescentou. O mesmo sentimento é compartilhado pela tia das vítimas. “Seja qual for o motivo do crime, é preciso agora que a polícia diga o que aconteceu”, acrescentou a auxiliar de enfermagem Maria Betânia.
O caso começa a ser investigado após o feriadão pelo delegado Josias de Lima, titular da delegacia de Coruripe, lugar onde viviam e onde foram encontrados os corpos das irmãs.
As adolescentes Cícera Beatriz e Samara estavam desaparecidas desde o dia 29 de março. Foram vistas pela última vez entrando em um veículo tipo Palio, no momento em que iam para a escola.