Com oopsnet // Fonte tudo na hora
Numa sessão com a casa lotada de professores e sob forte esquema de segurança da Polícia Militar, a Câmara Municipal de Traipu aprovou, na tarde desta terça-feira (12), a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI). O objetivo é investigar denúncias de irregularidades na área de Educação, que teriam sido praticadas pelo prefeito do município, Marcos Santos.
As denúncias foram apresentadas pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal), e apontam supostos desvios de recursos destinados à aplicação nas escolas municipais e na merenda escolar. Com a deflagração da Operação Mascotch, da Polícia Federal – que constatou desvio de dinheiro da merenda em vários municípios e resultou em prisões de autoridades municipais e empresários -, a pressão para criar a CEI acabou dando resultado.
O vereador Erasmo Dias apresentou o requerimento para criar a CEI com mais duas assinaturas, além da dele. Com as três assinaturas, garantiu o apoio de 1/3 dos 9 vereadores, o que já assegurava a aprovação do requerimento. A presidente da Câmara, vereadora Conceição Tavares, anunciou a criação da CEI, cujo presidente será o próprio Erasmo, e terá prazo de 120 dias para concluir suas investigações e apresentar um relatório.
A sessão transcorreu sem sobressaltos, apesar do clima inicialmente tenso com a presença de muitos professores e do reforço policial. O prefeito Marcos Santos não apareceu para se defender das denúncias. Depois de encerrada a sessão, o vereador Erasmo Dias revelou ao Tudo na Hora que está se sentindo ameaçado e vai pedir proteção à Secretaria de Defesa Social. Ele contou que tem sido seguido em Traipu e tem recebido ameaças veladas, inclusive por telefonemas.
Os professores que foram à Câmara apresentaram uma pauta de reivindicações, entre elas a aplicação do piso salarial nacional e o rateio, entre os professores, das sobras financeiras do Fundeb – eles acusam o prefeito de se apropriar desses recursos excedentes, que deveriam ser distribuídos entre os educadores.