A Sesau continuará realizando ações para interromper a epidemia de dengue em Belém e Marechal Deodoro, que já registraram, respectivamente, 39 e 332 casos da doença. Depois das forças-tarefas realizadas nos municípios, técnicos continuam em atividade para combater os focos do mosquito Aedes aegypti, que dissemina a doença. Além de técnica, a intervenção é necessária para reforçar trabalho dos municípios e envolver a população.
Para a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, essas ações contínuas são importantes para evitar o desencadeamento de formas graves da doença, a exemplo da hemorrágica, além de estar em alerta para a detecção do surgimento do vírus tipo 4. “Todas as ações estão sendo desenvolvidas de forma integrada, reunindo técnicos estaduais e municipais, priorizando desde a prevenção até a assistência aos pacientes vítimas da doença”, ressaltou.
Em Belém, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica, 35 técnicos da Sesau estão desenvolvendo atividades desde o último dia 15 de março. Além da implantação de uma unidade móvel do centro de triagem do Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), foi estruturado o atendimento aos pacientes com leitos de observação e agentes estão realizando o combate sistemático ao vetor e ações com o carro fumacê pelos bairros e sítios do município.
“Já foi realizada busca ativa dos focos do mosquito na zona urbana e nos sítios Barro Vermelho, Xexéu e Chã de Belém, onde 546 imóveis foram visitados, por apresentarem alta incidência do Aedes aegypti e grande número de casos da doença. Além da eliminação dos focos, tratamento químico com o inseticida e limpeza dos quintais e terrenos baldios, realizamos palestras em escolas, entregamos folders educativos e foram afixadas placas proibindo a população de depositar lixo em terrenos baldios”, enumerou Cleide Moreira.
Já em Marechal Deodoro, que foi palco de uma força-tarefa no último dia 23, foram realizadas ações na zona urbana e nos povoados Poeira, Barro Vermelho, José Dias e Taperaguá, que apresentaram maior incidência da doença.
“Assim como em Belém, também foram realizadas ações de combate ao vetor, atividades educativas, de detecção da doença e atendimento aos pacientes com suspeita de terem sido acometidos pela dengue, pois nosso propósito é coibir o avanço da doença e evitar óbitos”, frisou a diretora de Vigilância Epidemiológica.
Ainda de acordo com ela, as ações também já estão sendo realizadas em Colônia de Leopoldina e Palmeira dos Índios, que já registraram 68 e 242 casos, respectivamente, e se encontram em situação epidêmica. No entanto, segundo Cleide Moreira, estão programadas ações para ocorrerem nos próximos dias, assim como foram realizadas em Belém e Marechal Deodoro.
Em Palmeira dos Índios, a Secretaria Municipal de Saúde já realizou várias ações desde o início do ano, mas por conta da deficiência no abastecimento de água potável, a população costuma acumular água e os focos do Aedes aegypti se proliferam. “Já em Colônia de Leopoldina, estaremos com uma força- tarefa até o próximo dia 7 de abril, mas os agentes de saúde e de endemias já visitaram 994 imóveis, a vigilância dos casos foi intensificada, material sorológico foi coletado, além de termos realizado ações com o carro fumacê e educativas com carros de som”, descreveu Cleide.
Recomendações – Cleide Moreira recomendou que, para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito causador da doença, é necessário manter bem tampados os recipientes de água. Além disso, é imprescindível remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas, fechar bem o saco de lixo, deixando-o fora do alcance de animais e não permitir que se acumule água sobre a laje.
“Apesar de muitas pessoas não seguirem essas recomendações, alertamos que é necessário trocar a água dos vasos de plantas aquáticas, enchendo-os de areia. Também é necessário lavar com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água e virar todas as garrafas com a boca para baixo, evitando que acumulem água dentro”, frisou a diretora.
