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Polícia
24/03/2011 19:38:06

Homens armados invadem hospital e amordaçam funcionárias


Homens armados invadem hospital e amordaçam funcionárias
Vitimas contam o ocorrido

Com gazetaweb // daniel dabasi e bruno soriano

 

Dois homens armados invadiram, no início da tarde desta quinta-feira (24), o Hospital do Açúcar, no bairro do Farol, em Maceió. Segundo testemunhas, eles estavam 'de cara limpa' e demonstravam conhecer bem o ambiente, já que, com armas em punho, subiram até o segundo andar, onde invadiram a sala onde funciona o setor financeiro da coordenação de anestesiologia.

Ao chegarem ao setor, eles renderam duas funcionárias identificadas como Maria Cícera e Gleide Maria. Elas foram amordaçadas e amarradas a cadeiras que se encontravam no local. Os bandidos conseguiram fugir levando a quantia de R$ 600,00 em espécie, aparelhos de telefone celular e demais pertences de outros funcionários que se depararam com a ação e nada puderam fazer.

O detalhe é que, logo no rol de entrada do hospital, foram instaladas cerca de seis câmeras de segurança. No entanto, nenhuma delas teria conseguido capturar a fisionomia dos acusados, já que, segundo informação do tenente PM Henrique Pereira, do 4º Batalhão, a polícia cercou as instalações do hospital, analisando ainda as imagens do Centro de Processamento de Dados (CPD) da unidade de saúde.

Ainda não se sabe como os criminosos entraram no hospital sem que ninguém tivesse desconfiado da atitude de ambos. A suspeita é a de que eles tenham conseguido enganar a segurança por estarem bem vestidos.

Até um funcionário que sempre costuma ficar na portaria do hospital disse à polícia que nada viu. A ação causou grande tumulto, deixando os funcionários apreensivos. A ação policial também assustou quem passava pelo local. "A sorte é que não chegou nenhum paciente no exato momento. Eles conheciam tudo", disse um funcionário, que não quis se identificar, acrescentando que o setor invadido pelos criminosos costuma movimentar somente R$ 1.500,00 por dia.

Relatos das vítimas

Maria Cícera, que há 40 anos trabalha na unidade de saúde, afirmou ter passado por momentos de pânico durante a ação criminosa. “Eles chegaram perguntando onde estava o dinheiro. Eles afirmavam: ‘a gente sabe que aqui tem dinheiro’. Enquanto um vasculhava tudo, o outro apontava a arma para nossa cabeça. E ameaçavam a gente: ‘ou vocês dizem onde está o dinheiro ou estouramos os seus miolos’” – relata Maria Cícera após tomar tranquilizante.

“Um estava segurando dois capacetes – um preto e outro vermelho - em uma das mãos e uma mochila. Outro tinha uma cicatriz razoavelmente grande perto da cabeça. Antes de saírem, eles disseram ainda que os nossos documentos estariam numa casa lotérica aqui perto. E ainda mandaram a gente ficar calada e esperar 10 minutos depois da saída deles e se caso não obedecêssemos, eles voltariam para nos matar” – emendou a colega Gleide Maria, que há três anos trabalha no hospital.

Um detalhe suspeito revelado pelas funcionárias é de que a porta da sala do setor assaltado já havia sofrido uma tentativa de arrombamento antes do carnaval. “Acredito que eles tenham recebido informações de alguém daqui, pois a sala fica num local reservado e a tesouraria geral do hospital fica na entrada” – concluiu.

A unidade de saúde é uma das mais tradicionais da capital e costuma receber grande quantidade de pacientes para diversos procedimentos médicos.

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