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Alagoas
05/02/2011 00:16:40

Suruagy revela erro que cometeu ao disputar o governo pela 3ª vez


Suruagy revela erro que cometeu ao disputar o governo pela 3ª vez
Ex-Governador Divaldo Suruagy

Com santanaoxente // Fonte Blog do Bernardino - cada minuto

 

O ex-governador Divaldo Suruagy, pela primeira vez desde que deixou o governo, em julho de 1997, confessou que sua candidatura ao terceiro governo foi um erro político para atender e manter seu grupo no poder, porque nenhum outro nome, na época, derrotaria seus adversários. Por sua própria vontade, ele revelou que jamais aceitaria concorrer ao cargo, que teve de renunciar na metade do mandato.

 

Em entrevista à TV Mar(canal fechado), no programa "Sabe tudo e de tudo um pouco”, sob o comando do coronel Coutinho, Suruagy foi enfático ao confessar seu erro, pois na ocasião estava preparado mesmo era para disputar novamente o Senado, mas terminou cedendo a pressões do grupo político que sempre o acompanhou.


“Fui eleito com expressiva e histórica votação. Ao assumir, porém, deparei-me com a situação crítica em que se encontrava Alagoas. Assumi o governo com três folhas de pagamento atrasadas e ainda sem pagar o 13º salário do funcionalismo”, lembra o ex-governador. A moeda estabilizada, na época, o ajudou ainda mais a mergulhar num caos sem precedentes na história do Estado.
"Fui empurrado para aquele terrível fato histórico do dia 17 de julho de 1997 para salvar o meu grupo político", reafirmou o ex-governador. Antes, ele tinha exercido dois mandatos e realizado uma administração marcada de acertos e muitas realizações na capital e interior do Estado.

Semana tensa


Iniciada em 11 de julho de 1997, a greve dos policiais de Alagoas influenciou de forma decisiva a renúncia do então governador do PMDB. No dia seguinte ao início do movimento, os 1.100 policiais civis, com sete salários atrasados, juntaram-se aos 8.200 PMs, que reivindicavam seis meses de salários.


Endividado e com arrecadação insuficiente para colocar em dia os salários do funcionalismo público, Suruagy não conseguia empréstimos do governo federal. O motivo era uma dívida do ex-governador Fernando Collor de Mello com os usineiros.


No dia 14, após atentado a bomba no prédio do Tribunal de Justiça, o Exército foi chamado para cuidar de prédios públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário no Estado.
Três dias depois, durante a votação do impeachment do governador – que foi rejeitado –, houve revolta popular e tiroteio entre os soldados do Exército e manifestantes, a maioria policiais civis e militares armados. O confronto motivou o governador a pedir a renúncia no dia seguinte.

 

Intervenção


O governo federal determinou, então, "intervenção informal" no Estado, e o vice-governador, Manoel Gomes de Barros (PTB), assumiu interinamente. Devido à manifestação do impeachment, 1.500 homens do Exército tomaram as ruas de Alagoas no dia 20.


O general (da reserva) José Siqueira Silva foi nomeado secretário da Segurança de Alagoas, e o coronel Juaris Weiss Gonçalves, comandante da PM. Alagoas tornou-se o primeiro Estado brasileiro com problemas na Polícia Militar a ter um integrante do Exército como chefe da Segurança.

No dia 26, foi paga a primeira parcela dos salários atrasados. De acordo com a proposta do governo do Estado, o pagamento da dívida seria feito em 16 vezes. Líderes dos militares aceitaram a proposta, e o movimento começou a perder a força. No dia 31 de julho, a greve dos policiais civis e militares terminou oficialmente, e o Exército se retirou do Estado.

 

Apoio a Teotonio


Sem mandato político desde que deixou a Câmara Federal, Suruagy fez uma revelação histórica na entrevista à TV Mar em favor do governador tucano Teotonio Vilela Filho, convocando todas as forças políticos do Estado a se unirem em torno de Alagoas. “A falta de diálogo, de entendimento de todas as correntes políticas, só fazem aumentar a pobreza do nosso Estado”, avalia o ex-governador.


No conceito de Suruagy, o governo tucano tem compromisso social com o povo mais carente de Alagoas, onde o quadro de miséria é terrível. “Ao longo dos 30 anos que conheço Teotonio ainda quando era menino, tenho observado nele todas as qualidades de um político sério, digno e honrado. Alagoas tem tudo para sair do caos, mas é preciso que todos dêem as mãos, ajudando ao Teo”, concluiu.



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