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27/09/2007 00:00:00

Interior


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Foi preso na manhã do dia 26, em Arapiraca, o empresário Moacir Barbosa de Almeida (54), acusado de ser o mandante do assassinato de sua ex-esposa, Vilma Leão Barbosa, fato ocorrido no dia 2 de janeiro de 2004.

Uma briga ocasionada pela divisão de bens após a separação do casal colocou o empresário como sendo o principal suspeito do assassinato.

O empresário, que estava foragido desde a época do crime, chegou ao Fórum de Arapiraca acompanhado de seus advogados Raimundo Antônio Palmeira de Araújo e Cleto Carneiro. Moacir, que já estava com um mandado de prisão, se apresentou ao juiz da 8ª Vara, John Silas da Silva e ao promotor José Alves de Oliveira Neto, por quem foi interrogado.

Ao ser questionado sobre a acusação, Moacir disse que não tem qualquer tipo de participação no crime, mas que a culpa deve ser atribuída a quem realmente o praticou. Ele disse que no momento do crime estava em sua residência, quando soube, através de um telefonema, que Vilma teria sido vítima de um assalto. Moacir também negou qualquer briga do casal pela posse de bens.

O crime que, na época, chocou Arapiraca, ocorreu por volta das 17h30, quando a vítima parou o veículo na porta de sua residência, localizada na Rua Bernardino dos Santos, 636, bairro Eldorado.

Enquanto aguardava que familiares abrissem o portão, Vilma Leão foi abordada por dois elementos não identificados que chegaram numa motocicleta e anunciaram um assalto. Sem promover qualquer tipo de reação, um dos homens efetuou, à queima-roupa, três disparos contra a vítima, que teve morte instantânea, ainda dentro do veículo.

Após a chegada de peritos do Instituto de Criminalística e policiais ao local, foi constatado que nada foi roubado pelos assassinos, o que deu total evidência que existiu a prática de um crime encomendado.

Segundo informações de familiares, concedidas na época do crime, a vítima não tinha inimizades nem envolvimento amoroso com outra pessoa, o que levou a crer que o principal suspeito seria o seu marido, no qual, inclusive, Vilma Leão estava separada há cerca de oito meses.

Após a separação foi iniciado um grande desentendimento entre os dois, movido pelo regime de separação de bens, onde Moacir queria se apossar dos bens que pertenciam a vítima, especialmente, de um estacionamento existente no centro de Arapiraca, que integrava o espólio do genitor da vítima.

Por conta destes desentendimentos, ocorridos com freqüência, o acusado ameaçava e tentava agredir a vítima. Na manhã do dia do crime, o estacionamento foi, mais uma vez, palco das discussões entre o casal. Na ocasião, Moacir afirmou que iria “provar que Vilma iria sair do estacionamento”.

À tarde, por volta das 17 horas, estavam, novamente, vítima e acusado, no estacionamento, cada um deles querendo apanhar o apurado do dia. Minutos depois Vilma Leão pegou seu veículo e saiu em direção a sua residência. Os desentendimentos entre o casal eram do conhecimento geral dos familiares e amigos.

Segundo o promotor José Alves de Oliveira Neto, o empresário foi encaminhado ao presídio de Arapiraca, onde irá aguardar julgamento. A defesa do acusado pediu a liberdade do cliente, mas não obteve êxito.

“Apesar do acusado ter negado o crime, ele irá aguardar seu julgamento no presídio de Arapiraca. Seus advogados de defesa pediram que ele aguardasse o julgamento em liberdade, mas dei o parecer contrário e o mesmo foi mantido pelo juiz”, finalizou o promotor.

 

com alemtemporeal // Adalberto Custódio



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