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Polícia
03/02/2011 16:01:21

Chico Tenório chega a Maceió e irmão diz que prisão foi "carnavalesca"


Chico Tenório chega a Maceió e irmão diz que prisão foi
Francisco Tenório

Com cadaminuto // teresa cristina e jonathas maresia

 

O ex-deputado federal Francisco Tenório chegou, agora há pouco, em Maceió após ter sido preso em Brasília, na noite de ontem (02). Tenório foi conduzido do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares para o Instituto Médico Legal (IML) por agentes da Polícia Federal.

 

Sem algemas, o ex-parlamentar não quis falar com a imprensa. Familiares, amigos e advogados recepcionaram Tenório no IML, onde ele fará exame de corpo de delito antes de ser conduzido à Casa de Custódia, no bairro do Farol. Tenório foi preso sob acusação de participação no assasinato do Cabo Gonçalves, ocorrido em maio de 1996.

 

O ex-deputado estadual José Maria Tenório, irmão de Francisco, disse à impresa que a prisão foi carnavalesca e arbitrária. "Isso tudo é perseguição do juiz Maurício Brêda, não tinha motivo pra essa prisão agora. Podiam ter intimado o meu irmão e ele viria depor, sem haver a necessidade de prendê-lo", disparou.
 

Cavalcante

 

O ex-tenente coronel Manoel Francisco Cavalcante apontou, durante depoimento na 7ª Vara Criminal da Capital, o envolvimento de três deputados na morte do ex-cabo da PM José Gonçalves da Silva Filho.

 

No depoimento, que aconteceu a portas fechadas ao juiz Maurício Brêda, Cavalcante acusou os deputados estaduais Antônio Albuquerque, João Beltrão e o deputado federal Francisco Tenório como os autores intelectuais no crime do ex-cabo Gonçalves, morto em um posto de combustíveis localizado na Via Expressa, bairro da Serraria.

 

Cavalcante denunciou que o Cabo Gonçalves, que trabalhava com o deputado João Beltrão, se desentendeu com o então deputado e teve sua morte decretada em uma reunião acontecida na fazenda do deputado Antonio Albuquerque, com a participação de Tenório.

O detalhe é que Beltrão e Albuquerque chegaram a ser presos por este crime.

 

Os últimos passos de Gonçalves

 

O Cadaminuto apurou que o inquérito, que na época foi reaberto após as denúncias de Cavalcante, relata os últimos passos do cabo Gonçalves, que estava morando em Natal (RN), após o desentendimento com o deputado João Beltrão e teria vindo para Maceió registrar um filho.

 

De acordo com o que foi levantado no inquérito, Gonçalves teria ligado para Francisco Tenório pedindo uma ordem de abastecimento e ao chegar no posto foi surpreendido por 12 homens que executaram o militar.

 

“Foi uma covardia o que aconteceu, 12 homens fortemente armados atirando contra um militar que só tinha um 38 velho no seu bolso”, disse um amigo de Gonçalves. A irmã do Cabo Gonçalves, Ana Gonçalves, explicou no ano passado ao Cadaminuto confirmou que, no dia do crime, seu irmão havia saído da casa de um parente apenas para reabastecer o carro.

 

“Eu tinha falado a meu irmão que enquanto ele estivesse vivo faria de tudo por ele. Ele sabia que no dia", afirmou Ana garantindo não temer represálias.

 

“Se mata por qualquer coisa em Alagoas. Falta amor no coração das pessoas”, explicou ela confirmando que o irmão Del fez várias denúncias sobre o crime organizado e que o preço que ele pagou foi a sua vida.




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