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28/01/2011 23:08:59

Secretário diz que não dará trégua à violência


Secretário diz que não dará trégua à violência
Dario Cesar Sec. Defesa Social

Com agênciaalagoas // marylan wanderley

 

O novo secretário de Estado da Defesa Social, coronel Dário Cesar, assumiu nesta quarta-feira (26) o comando da Corporação com o desafio de trabalhar políticas públicas focadas na redução da criminalidade no Estado. Aos 48 anos e com vasta experiência na área, o novo secretário tem no currículo o cargo de assessor Especial da Presidência da República e, quando estava prestes a ingressar na reserva, foi supreendido pelo convite do governador Teotonio Vilela para ocupar o cargo.

O coronel se diz movido a desafio e que, portanto, investirá em repressão, prevenção qualificada e no trabalho de inteligência para combater o homicídio, sobretudo o vinculado ao tráfico do crack. Sobre a possibilidade da realização de concurso público, impasse entre Executivo e agentes penitenciários e estratégias para melhorar a segurança pública de Alagoas, o coronel fala na entrevista que segue.

Agência Alagoas - O senhor assume a pasta esta semana, em meio a uma crise na segurança pública, e ainda vai conhecer detalhadamente os projetos. Já é possível saber quais ações serão priorizadas?

Cel. Dário Cesar - Promover de forma efetiva a segurança pública de Alagoas é um desafio que assumi quando recebi o convite do governador. Ele me disse: “Dário, eu sou o governador de 3 milhões de alagoanos e sei que você pode ajudá-los. Por isso, deposito minha confiança em você, que pode contribuir para diminuir a violência em Alagoas”. Diante destas colocações, não tive como negar, mas se um dia entender que não estou contribuindo mais, o governador será o primeiro a saber. Minha trajetória profissional é pautada por desafios; quanto mais problema para resolver, melhor. Sinto-me motivado, pois com 30 anos de carreira poderia estar na reserva desde o dia 16, mas quero ajudar a diminuir a intranquilidade das pessoas.

A.A. - Em sua concepção, o que falta para o Estado reduzir ainda mais os índices de violência? Em que precisa focar mais a atenção?

D.C. - O que faz um Estado mais ou menos violento é o número de mortes registradas por cada 100 mil habitantes/ano. O índice de furto e assalto não é parâmetro para medir isso. Pretendo investir em repressão e prevenção qualificada com investigação e inquéritos dos homicídios. Quanto mais apurarmos, mais prenderemos os responsáveis pelos crimes.

A.A. - Com relação ao combate ao crack, que tem sido um dos calcanhares de Aquiles do Governo, quais estratégias o senhor pretende aplicar para minimizar o problema?

D.C. - Temos um mapa pontuando as áreas mais vulneráveis à violência e vamos centrar mais policiamento ostensivo nelas, a exemplo dos bairros do Vergel do Lago, Tabuleiro do Martins, Jacintinho, entre outras. O crack é um produto de fácil comercialização por ser vendido em partes pequenas, ser barato, fácil de esconder e causar dependência. Quem é autuado com a droga é preso como usuário e não como traficante, e por isso vamos fazer um trabalho de inteligência para prender envolvidos (traficantes).

A.A. - O senhor disse, no dia da posse, que aposta na união de forças de todos os segmentos da sociedade para diminuir a criminalidade em Alagoas. A quais setores estava se referindo?

D.C. - A promoção da segurança pública é função do Estado, pois atinge todas as classes sociais, turistas e nativos. A Constituição Federal é clara quando diz que “a segurança é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos”. Logo, todos devem dar sua cota de colaboração, bem como as três esferas de governo e demais instituições constituídas.

A.A. - No tocante à greve dos agentes penitenciários, de que forma o senhor pretende mediar a crise? O comando de greve disse que a paralisação não foi suspensa porque o senhor teria se recusado a assinar a ata da negociação firmada entre o Sindicato e o Estado. O que de fato aconteceu?

D.C. - Conversei com os agentes penitenciários, informalmente, na terça-feira (25) e, na quarta (26), ao meio dia, eu estava tomando posse. Na ata, o Sindapen (sindicato dos agentes) coloca meu nome como um dos presentes à reunião no gabinete da Intendência Geral do Sistema Prisional, mas eu estava tomando posse no mesmo momento. Não posso assinar um acordo em que não fiz parte dele.

A.A. - O que o senhor disse para o comando grevista quando conversou com eles, informalmente, dois dias antes de sua posse?

D.C. - Falei que quando assumisse o cargo seria o advogado deles, uma vez que os conheço de perto (refere-se ao período em que foi intendente geral do Sistema Penitenciário). Lembrei que o Governo deu 90 dias para o secretário Alexandres Lages (da Gestão Pública) apresentar uma proposta do Plano de Cargos e Carreira e pedi que esperassem este prazo.

A.A. - É prematuro falar sobre a possibilidade da realização de concurso público, uma vez que hoje (quinta-feira) é o seu primeiro dia à frente da Defesa Social?

D.C. - Sabemos que Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Sistema Prisional reclamam da falta de contigente. Vamos analisar a possibilidade do Estado contratar mais pessoas. Reconhecemos que é necessário, mas tem de caber no orçamento do Estado.

A.A. - Como o senhor vê a interação entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, uma vez que a Defesa Social terá como titular um coronel da PM e como secretário-adjunto um delegado da Polícia Civil, José Edson de Freitas?

D.C. - Isso mostra que todos os órgãos da segurança pública de Alagoas querem contribuir para a redução da violência. Com a junção de esforços de todos teremos um Estado menos violento e os criminosos na cadeia.

A.A. – O Sindicato disse que a paralisação não foi suspensa porque o senhor teria se recusado a assinar a ata da negociação firmada entre o Sindicato e o Estado. O que de fato aconteceu?

D.C. – Conversei com os agentes penitenciários, informalmente, na terça-feira (25) e, na quarta (26), ao meio dia, eu estava tomando posse. Na ata, o Sindapen (sindicato dos agentes) coloca meu nome como um dos presentes à reunião no gabinete da Intendência Geral do Sistema Prisional, mas eu estava tomando posse no mesmo momento. Não posso assinar um acordo em que não fiz parte dele.

A.A. - O que o senhor disse para o comando grevista quando conversou com eles, informalmente, dois dias antes de sua posse?

D.C. – Falei que quando assumisse o cargo seria o advogado deles, uma vez que os conheço de perto (se refere ao período em que foi intendente geral do Sistema Penitenciário). Lembrei que o governo deu 90 dias para o secretário Alexandres Lages (da Gestão Pública) apresentar uma proposta do Plano de Cargos e Carreira e pedi que esperassem este prazo.

A.A. - É prematuro falar sobre a possibilidade da realização de concurso público, uma vez que o Sr. assumiu esta semana a Defesa Social?

D.C. – Sabemos que Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Sistema Prisional reclamam da falta de contigente. Vamos analisar a possibilidade do Estado contratar mais pessoas. Reconhecemos que é necessário, mas tem de caber no orçamento do Estado.

A.A. - Como o senhor vê a interação entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, uma vez que a Defesa Social terá como titular um coronel da PM e como secretário-adjunto um delegado da Polícia Civil, José Edson de Freitas?

D.C. – Isso mostra que todos os órgãos da segurança pública de Alagoas querem contribuir para a redução da violência. Com a junção de esforços de todos teremos um Estado menos violento e os criminosos na cadeia.



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