O Estado de Alagoas é o primeiro do Nordeste e terceiro do país – perdendo para São Paulo (1º) e Paraná (2º) – a exportar açúcar para os mercados Americano, Europeu, Asiático e Mundial. Para atestar a qualidade do produto que é analisado antes de seguir para a comercialização no exterior, o diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, e uma comitiva do órgão inspecionou, nesta quarta-feira (26), as condições de estocagem dos terminais e as etapas de processamento do Laboratório de Análise de Controle de Qualidade. O setor, localizado no cais do Porto de Maceió, é ligado à Empresa Alagoana de Terminais (Empat), que pertence aos produtores.
O laboratório colhe pelo menos 800 quilos de amostras (ensaios) por dia e as analisa antes de o açúcar ser liberado para outros países. No Brasil, os Estados de Pernambuco e Minas Gerais, além dos três primeiros colocados, também vendem para o mercado externo.
De acordo com o engenheiro- superintendente da Empat, Heyder Pinto de Novaes, o terminal açucareiro tem capacidade para estocar 200 mil toneladas de açúcar, e cada caminhão, provenientes das 22 usinas que produzem o produto, tem 3 minutos para descarregá-lo. O objetivo, segundo ele, é dar celeridade ao processo de análise para a liberação do produto, uma vez que as amostras passam por várias etapas.
“Pelo menos 400 caminhões descarregam açúcar por dia, cada um com, em média, 40 toneladas, que são estocados em dois armazéns”, disse Novaes. Segundo o engenheiro superintendente, todo o açúcar bruto passa por uma esteira transportadora e os terminais têm capacidadade para embarcar até 1 milhão de quilos de açúcar por hora, em todos os dias da semana.
O engenheiro químico e de segurança da Empat, Fábio Ruy Vieira, afirmou que as análises são feitas sobre a produção de açúcar do dia e enfatizou que a cota Europeia (mercado Europeu) é o mais exigente entre os demais e exige que o produto passe pelo processo de peneiramento para filtrar toda a sujeira do açúcar e álcool. Neste caso, o açúcar é lavado com álcool e éter puro, o que deixa o produto insolúvel e livre de impurezas.
De acordo com Vieira, quando o produto é embarcado para o destino final (exterior), a Empat emite, no prazo de 48h, o certificado de qualidade para os compradores de açúcar (trade). “Se o produto estiver fora do controle de qualidade, a exemplo de falta de uniformidade do teor de sacarose, cor, umidade, a usina produtora sabe no mesmo dia”, ressaltou o engenheiro químico, acrescentando que a rastreabilidade metrológica é um dos processos que confere aos exportadores do açúcar a garantia de que o produto que sai dos terminais passa por um rigoroso e minucioso controle de qualidade.
O diretor da Vigilância Sanitária Estadual, Paulo Bezerra, se mostrou satisfeito com o nível da análise feita pela empresa responsável e disse que, a partir de agora, fica mais tranquilo em assinar os documentos que atestam a qualidade do açúcar de Alagoas, exportado para outros países.
“Passei do receio ao orgulho de termos um setor que prima tanto pela qualidade. Percebemos que há comprometimento de todos que fazem a análise. O Estado ganha em avanço na sua economia”, afirmou.
